João Paulo Vaz, o que te aconteceu na mesa da PLR?



João Paulo Vaz, o que te aconteceu na mesa da PLR?

O processo de negociação da PLR começou muito mal. A gestão da Cemig anunciou, no primeiro encontro, que vai impor novamente a sua metodologia de "acordo sem negociação". Segundo o coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, o prazo exíguo de apenas 22 dias para concluir o processo aponta para esse cenário.

O questionamento no título desta matéria remete à inquietude na primeira rodada de “negociação” de PLR perante a estranha e preocupante postura do gerente do RH da Cemig.

A “reunião” que aconteceu ontem, dia 6 de fevereiro, das 16 às 17 horas, não teria novidade alguma em relação às negociações de PLR em anos anteriores se não fosse pela contestável condução dos trabalhos pelo gestor. Um dirigente do Sindieletro precisou ajudar, orientando como organizar a reunião ainda na apresentação dos participantes, de tão nervoso que gestor estava.

Bruno Vianna, superintendente do RH, é quem assumia a condução das reuniões sobre PLR e ACT. Certamente, já está mais treinado com a metodologia autoritária e truculenta que é a prática recorrente desta gestão. Nesta “reunião”, apesar de estar conectado na plataforma virtual, foi justificado que provavelmente não participaria por estar em outra reunião. Será esse o motivo de tanta tensão do gerente? Assumir a frente da mesa de negociação representando uma gestão que tem descartado e desrespeitado gerentes e superintendentes que não atendem suas arbitrariedades? Qual será a meta oculta de PLR que a turma do Zema impôs ao coordenador da mesa?

João Paulo iniciou a “reunião” muito agitado, recepcionando e abrindo para falas de apresentação dos representantes do comitê da gestão Zema e dos representantes da categoria. Posteriormente, tentou impor um contexto que está totalmente fora da realidade; foi tão provinciano que a fala abafada, traduzida em um amontoado de opiniões tendenciosas, denunciou a possível pressão que deve estar recebendo da alta gestão.Ele disse que a representatividade na reunião expressava um espaço privilegiado e que a gestão da empresa está buscando o melhor para os empregados. Ainda: quem define o prazo é a gestão e não a legislação e que a proposta de prazo para fechar o acordo de PLR é ainda para este mês de fevereiro, além de outras invencionices malévolas.

Emerson Andrada pediu a fala para questionar o repetido método de negociação da gestão Zema, que forja uma negociação inexistente e impõe na pauta somente os interesses da gestão Zema, que vai moldando o modelo de empresa privada também na PLR. Ele contestou de forma enfática a proposta de prazo para fechamento do Acordo Coletivo Específico de PLR. "Para resolvermos o problema da PLR precisamos de prazo adequado a fim de alcançar um bom resultado na negociação, diante do abismo que há entre uma PLR justa e o atual acordo", destacou.

O coordenador-geral do Sindieletro também direcionou para a gestão Zema a responsabilidade de demandas represadas e acordos não fechados que dificultam a relação trabalhista na Cemig e que as retaliações com trabalhadores e dirigentes sindicais não corroboram para a relação trabalhista, ao contrário, acirram o desgaste e acaba refletindo nos processos de trabalho.

Outras falas contestaram a tentativa de imposição de narrativa do representante da gestão Zema, sobretudo que não dá para chamar esse ambiente negocial de privilegiado; mais pareceu o encontro da “Casa Grande e Senzala” e que a nossa tarefa de trabalhadores da Cemig é aquilombar no cenário de repressão.

Um nova reunião será realizada na próxima quinta-feira, 08 de fevereiro, para dar continuidade a esse encontro que a gestão Zema tenta evidenciar como reunião de negociação de PLR.

Cemig: esse “trem” é nosso!

 

item-0
item-1
item-2
item-3