Jeito Zema de administrar as estatais é precarizar para privatizar

Comentário do Sindieletro: O que o colunista avalia, sobre a gestão de Zema em estatais (confira abaixo), que é de desmontar as empresas para depois tentar privatizar, contando com a mudança de opinião do povo sobre a venda de empresas públicas em Minas, ocorre extamente na Cemig. A gestão do governador na Cemig há mais de três anos promove precarização na empresa, por meio de venda de ativos, fechamento de localidades, corte de investimentos, fim de equipes de profissionais altamente qualificados, demissões em massa por meio de programas de desligamento e ataques aos direitos dos eletricitários ativos e aposentados, inclusive impondo mecanismos à marra para a exclusão dos aposentados da Cemig Saúde,  entre outras mazelas. Além disso, falta totalmente diálogo da gestão Zema com os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Já para os gestores são garantidos vários privilégios, entre eles, bônus milionários. A Cemig foi aparelhada com nomeações de dirigentes do Novo ou de empresas ligadas ao partido Novo, grande parte deles moradores de São Paulo, que nem comparecem às instalações da empresa, em Minas.

Privatização I

A primeira atitude que facilita o encaminhamento da ideia é deixar que o órgão ou a empresa em privatização seja desidratado

Por Luiz Tito, que escreve de segunda a sábado em O TEMPO

Toda vez que se ouve dizer que há uma tendência de privatização em curso de empresas e serviços de estatais em Minas Gerais, o que surge geralmente são estudos e propostas em formato de parcerias do pescoço com a corda. A primeira atitude que facilita o encaminhamento da ideia é deixar que o órgão ou a empresa em privatização seja desidratado, passe a não produzir, deixe suas instalações caírem aos pedaços, para receber sem contestações o atestado da incapacidade do Estado de ser gestor. Nossas rodovias privatizadas estão quase que da mesma forma e seus controladores adiam sem limites o atendimento de obrigações contratuais quando das concessões e quase sempre se esquivam por décadas da obrigação de pagar penalidades etc. Há no governo do Novo, como um perfil do partido, uma desenfreada vontade privatista.

Privatização II

O interessante é que os privatistas de plantão sempre querem privatizar o filé, o lucrativo, mantendo o poder público como cliente

O interessante é que os privatistas de plantão sempre querem privatizar, mas o filé, o lucrativo, o que está pronto e testado, aquilo que com meia dúzia de acertos se transforma num grande negócio, inclusive mantendo o poder público como cliente. Falando nisso, a Funed vai ter que arranjar mesas e cadeiras para os assessores da Seinfra que estão chegando na empresa para estudar novas estratégias para sua administração. O grupo destacado para essa complexa operação pertence aos quadros da confiança do secretário Fernando Marcato, que recentemente esteve na Itália e França para apresentar o projeto do Rodoanel. Que foi licitado e, por coincidência, venceu uma empresa italiana.

Privatização III

Quase 200 funcionários votaram unanimemente pela convocação de nova assembleia na Funed

À reunião que aconteceu ontem no horário de almoço na Funed compareceram quase 200 funcionários que votaram unanimemente pela convocação de nova assembleia, já marcada para o próximo dia 25 de agosto, com o objetivo de pressionar a presidência e a diretoria a responderem a questões essenciais ao funcionamento da Fundação e sua relação com os empregados. São perguntas sem resposta desde quando era presidente da Funed Dario Brock, que foi exonerado da Fhemig a bem do serviço público, por fraudes administrativas. O atual presidente da Fundação, Eduardo Campos Prosdocimi, não foi submetido a sabatina pela Assembleia Legislativa, como manda a lei, antes de sua nomeação. O deputado Professor Cleiton protocolará hoje requerimento de convocação de Eduardo Prosdocimi para responder na ALMG a indagações que já há muito tempo estão pendentes de esclarecimentos