O candidato a governador e empresário, Romeu Zema (partido Novo e de Novo só no nome)) escancarou para a imprensa mineira que, se eleito, vai privatizar a Cemig e a Copasa. Segundo ele, a sua intenção é fazer a privatização “com total transparência e que só seja feita não se transferindo monopólio estatal para o privado”. Como é possível?
Ainda de acordo com o candidato, ele vai fatiar a Cemig de forma que o consumidor possa escolher entre três e quatro empresas, qual vai fornecer energia, no mesmo modelo de plano de celular. Zema acredita que será possível reduzir a conta de luz com a privatização, o que a categoria sabe ser praticamente impossível.
O que esse candidato não considera é que os eletricitários de Minas conquistaram a PEC 50, que hoje é lei que consta da Constituição mineira. A PEC 50 garante o seguinte: as estatais de Minas só podem ser vendidas com o voto de três quintos dos deputados estaduais e também com referendo popular junto à população. Ou seja, o povo mineiro também tem o direito legal de decidir se haverá privatização.
Anastasia
O candidato Antônio Anastasia (PSDB) é do partido que sempre defendeu privatizações. Ele e Aécio Neves só não venderam a Cemig nos tempos que foram governadores porque os eletricitários e a sociedade mineira se mobilizaram e impediram. Agora, como candidato, não fala abertamente em privatização (afinal, pesquisas já indicaram que a maioria do povo de Minas é contra a venda da Cemig e da Copasa), mas deixou claro que fará uma reestruturação na Cemig e na Copasa. O que sempre significou reestruturação para os trabalhadores? Demissões em massa e perda de direitos.