Investigação



Investigação

Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar se José Serra, ex-governador de São Paulo, foi omisso no caso relacionado à compra de trens superfaturados pelo metrô e pela CPTM. A investigação está a cargo do promotor Silvio Marques e foi aberta a pedido de quatro deputados estaduais do PT: João Paulo Rillo, Adriano Diogo, Carlos Neder e Francisco Campos. Serra diz que a denúncia está apenas ancorada numa reportagem da revista Istoé e afirma que tomou providências judiciais a respeito. Leia, abaixo, um resumo da reportagem que deu origem ao caso:

Mais intensa no governo Serra
Documentação em poder do Ministério Público e obtida pela revista IstoÉ mostra que a maior parte dos contratos irregulares no setor metroferroviário em São Paulo foi assinada na gestão do ex-governador tucano; superfaturamento em um controverso projeto de modernização de 98 trens do Metrô ocorreu entre os anos de 2008 e 2011; reforma das composições com superfaturamento pode ter causado prejuízo de quase R$ 1 bilhão aos cofres paulistas; veículos tinham quatro décadas de operação e foram considerados “sucata” pelos investigadores; José Serra nega qualquer participação ou conhecimento do esquema.

7 de dezembro de 2013
Reportagem da revista Istoé desta semana revela que a máfia que superfaturou contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) agiu de forma muito intensa durante o governo de José Serra (PSDB), embora o ex-governador negue. Conforme a documentação em poder do Ministério Público, as irregularidades ocorreram entre 2008 e 2011. No período em que a maior parte dos contratos irregulares foi assinada, Serra era governador (entre 2007 e 2010).

Os superfaturamentos estão relacionados a um controverso projeto de modernização de 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. A reforma dos veículos, com cerca de quatro décadas de operação e considerados “sucata” pelas autoridades que investigam o caso, custam ao erário paulista R$ 2,87 bilhões em valores não corrigidos, um prejuízo de quase R$ 1 bilhão.

O promotor Marcelo Milani, do Patrimônio Público, já confirma a prática de cartel. O conluio, segundo ele, foi incentivado por agentes públicos em pelo menos um dos dez contratos relacionados à modernização. Trata-se do contrato do sistema de sinalização, o CBTC. Em depoimento ao MP, o engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da divisão de transportes da Siemens, relatou que representantes da multinacional alemã Siemens e da concorrente Alstom foram chamados para uma reunião por dirigentes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na época, o órgão era comandado por José Luiz Portella, conhecido como Portelinha, braço direito de Serra.

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