Intensivão se encerra com legados e resultado excelente



Intensivão se encerra com legados e resultado excelente

 
Sindieletro agradece aos parceiros que, com solidariedade, garantiram o sucesso do curso para eletricistas da distribuição. Foi mais uma iniciativa do nosso Sindicato classista, para dar oportunidades à classe trabalhadora

No dia 14 de junho a Secretaria de Formação e Juventude do Sindieletro realizou a cerimônia de encerramento do curso Intensivão. As aulas aconteceram no período de 04 de abril a 06 de junho, com resultados excelentes. Foram cerca de 1.500 participantes, a maioria composta por trabalhadores terceirizados do setor elétrico. O curso teve 24 aulas, com duração de 10 semanas. A agenda ficou apertada, mas o Sindieletro conseguiu passar todo o conteúdo da grade curricular.

O secretário de Formação e Juventude do Sindicato, Geovan Aguiar Teles de Assis, coordenou o curso e a cerimônia. Ele esclareceu que quando a entidade diz que é contra a terceirização defende, sobretudo, a primarização das atividades-fim na Cemig e outras empresas para que o trabalhador terceirizado tenha igualdade de oportunidades e de condições de trabalho dos colegas do quadro próprio.

Esse foi um dos motivos de lançar o Intensivão. Segundo Geovan, apesar das dificuldades para montar e iniciar as aulas, com prazos curtos e até restrições impostas por gestores da Cemig, o curso obteve excelente resultado, com a procura intensa pelas aulas. “Somos um Sindicato classista e de referência, fomos além. Com o Intensivão, qualificamos trabalhadores, oferecendo a oportunidade de melhor inserção no mercado de trabalho”, comemorou.

Construção coletiva

Geovan enfatizou que o Intensivão foi construído no coletivo, com vários parceiros. “E esse espaço de formação foi fundamental para qualificar trabalhadores. Agradecemos a todos que colaboraram, participaram e garantiram o sucesso”, acrescentou. Para Geovan, o sucesso também foi a consolidação do diálogo com os trabalhadores, que é de suma importância para despertar consciências críticas e vontade de lutar.

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Foto: Geovan e o coordenador da Regional Metalúrgica do Sindieletro, Alex Lopes, durante a cerimônia de encerramento do Intensivão

Gratidão

O secretário de Formação e Juventude do Sindieletro destacou a contribuição essencial da direção do Sindieletro, do coordenador da Regional Vale do Aço, Ésio Luiz e Silva, do instrutor aposentado da Escolinha de Sete Lagoas (UnverCemig), Toninho (Antônio Francisco da Silva), das representantes do Coletivo Esperançar, Adriana Souza e Denise, e da Maria Isabel, militante do Levante Popular da Juventude.

Vale lembrar: Esperançar é uma iniciativa de trabalhadoras e trabalhadores em ensino da rede pública de BH que unem forças para a educação/formação gratuita e a defesa dos direitos sociais, trabalhistas, das mulheres, dos negros e das negras, dos índios, dos LGBTQIA+, entre outros.
O Levante Popular da Juventude é um coletivo nacional que se propõe a organizar a juventude no campo e na cidade, uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação estrutural da sociedade brasileira. É a juventude do Projeto Popular.

Coordenador-geral destaca a mudança a partir do alcance do nosso olhar

Emerson Andrada, coordenador-geral do Sindieletro, lançou a reflexão: o que significa Sindicato Classista? “Não vivemos numa ilha, somos cidadãos e cidadania é construir uma vida melhor para todos, não só para um grupo de pessoas. O mundo é o que está ao nosso alcance e é com o nosso alcance que podemos mudar o mundo a partir de Minas Gerais”, destacou.
Ele lembrou que, além da parceria para a realização do Intensivão, o Sindieletro, como Sindicato Classista, constrói parceria do projeto Cozinha Solidária, que distribui, diariamente, cerca de 300 marmitex a pessoas em situação de insegurança alimentar, principalmente pessoas em situação de rua. Uma das cozinhas do projeto, na Região Metropolitana de BH, funciona no Sindieletro e conta com trabalho voluntário para a preparação das marmitas (venha fazer parte desse projeto. Entre em contato com o Sindieletro para mais informações de como se voluntariar e/ou fazer doações – telefone 31 3238-5000).

“Temos realmente disposição de mudar a realidade do outro. É a partir da minha janela que vejo o mundo, como disse Fernando Pessoa, e a partir da minha visão devo fazer algo para mudar o mundo”, enfatizou.

O coordenador disse acreditar que o Intensivão mudou a vida de muitas pessoas, porque esse foi o potencial do curso. Segundo detalhou, os vídeos das aulas tiveram mais de 20 mil acessos.
Emerson também agradeceu à Adriana Souza, do Coletivo Esperançar que, conjuntamente com a companheira Denise, participaram como voluntárias do Intensivão, ministrando aulas, como as de matemática.

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Foto: Nosso coordenador-geral, Emerson Andrada

Adriana Souza, do Coletivo Esperançar, presente!

Adriana Souza, que é também pré-candidata a deputada estadual (PT), esteve presente na cerimônia de encerramento do Intensivição e abordou sobre os desafios para as construções coletivas de lutas. “A fome voltou ao Brasil. Basta andar por Belo Horizonte para ver muita gente abaixo da linha da miséria, em cada sinal há pessoas em situação de rua. Temos alto índice de insegurança alimentar, 76% das crianças brasileiras não fazem três refeições completas por dia. Esse cenário nos impõe muita luta por justiça social”, afirmou.

De acordo com Adriana Souza, o Coletivo Esperançar trabalha na defesa dos direitos à educação, da classe trabalhadora, dos direitos sociais, das mulheres, dos negros e negras, dos LGBTQIA+, indígenas e outras minorias. Para ela, a luta vai além da defesa de grupos de pessoas, a luta é universal e humanitária.

“É tarefa de cada um de nós ter o compromisso pela igualdade e a construção coletiva para uma sociedade melhor. Passamos a esperançar com a luta por emprego, pela vida digna”, destacou.
Adriana Souza lembrou que o Coletivo Esperançar é também um encontro das pessoas que acreditam que todo ser humano tem capacidade e saberes populares para construir o país, com cidadania.

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Foto: Adriana Souza, Ésio Luiz e Silva, coordenador da Regional Vale do Aço do Sindieletro, e Geovan

“Se posso doar o meu saber, por que vou guardar para mim?”

Antônio Francisco da Silva, o Toninho, eletricitário aposentado como instrutor da UniverCemig, foi voluntário do Intensivão e obteve grande reconhecimento (dos alunos, dos voluntários, de toda a direção do Sindieletro) pelo seu papel fundamental para o sucesso das aulas. Durante o curso e na cerimônia de encerramento do Intensivão, Toninho demonstrou o quanto coloca amor ao que faz e o quanto é solidário. O Sindieletro homenageou o companheiro com uma placa.

“Não existe palavras para agradecer o Sindieletro. Foi uma oportunidade de ouro para contribuir e tomei a decisão de ajudar com o incentivo de minha esposa (Vânia Márcia)”, destacou. Com espírito de solidariedade, ele acrescentou: “Não fiz nada mais do que poderia fazer para ajudar. Se eu tenho o saber para fazer, se posso doar meus conhecimentos, para que vou guardar para mim? Agora, desejo força para todos que participaram das aulas, que tenham tirado bom proveito, que tenham uma carreira vitoriosa”, destacou.

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Foto: Toninho, instrutor aposentado da UniverCemig, voluntário do Intensivão, com a esposa, Vânia Márcia

Alunos também agradecem

Um dos trabalhadores que participou do curso Intensivão, Lucas Santos, esteve presente na cerimônia de encerramento e fez questão de dar seu depoimento. Confira:

“Difícil de expressar nosso sentimento de gratidão ao Sindieletro e a todos que estiverem envolvidos com o curso. Obrigado! O Intensivão fez muita diferença na minha vida, muitos não tiveram oportunidade de vir aqui (na cerimônia) agradecer, mas represento os meus colegas. Em nome de todos eles, faço as palavras do Emerson as minhas palavras, de olhar para o outro. A gente fica muito agradecido pela iniciativa, por essa valorização e qualificação, dando-nos oportunidade de conquistar uma vida digna”.

O Lindomar Fernandes Costa também foi outro companheiro presente e demonstrou gratidão. Leia:

“O Sindieletro realmente modificou a minha vida. Não sou aplicado, mas as aulas do Toninho, as aulas de português e matemática, foram ótimas e mudei minha postura. Fui disciplinado, assisti a todas as aulas, excelentes. Vi que o Toninho estava ali para servir. Deixo aqui um texto bíblico, de Mateus, que para mim é uma regra de ouro: “Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles”.

 

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