Não basta o ambiente turbulento da empresa pós-privatização, não bastam as sequenciais pedaladas de pagamento de PLR nos últimos anos, não basta a demissão em massa de contratados sem reposição e aumentando a carga na força de trabalho, não é suficiente a arrastada negociação mesquinha de acordo coletivo específico que levou ao vencimento do ACT. Esta Diretoria de Gestão de Furnas que fez tanta questão de tirar a sede da empresa de Botafogo (o que rendia aluguel ao fundo de Pensão) resolveu habitar um edifício sede caótico. Com constantes ocorrências alarmantes.
No dia 05 de setembro de 2022, diversos trabalhadores denunciaram a segunda ocorrência de suspeita de sinistro em trinta dias. Neste prédio que já teve alguns casos de incêndio no seu passado, mesmo antes de Furnas chegar.
O motivo de hoje parece ter sido a queima do motor do elevador D. Nesse momento as informações dão conta de que há isolamento total e proteção acionada e que a brigada profissional do condomínio já está atuando.
A informação passada pelos trabalhadores é de que o alarme de evacuação não foi acionado e que as pessoas começaram a descer quando sentiram fumaça e cheiro de queimado entre no 14º andar. Mas o alarme não foi acionado!
O assunto é muito sério e deve ser tratado com a devida responsabilidade. Estamos falando de um prédio com histórico de sinistros. Em acionamento de alarme recente no prédio, foram enfrentadas sérias dificuldades de evacuação, especialmente dos trabalhadores PCD (pessoas com deficiência).
Segundo relatos, os trabalhadores de Furnas já desceram as escadas do Edifício Barão de Mauá em pelo menos oito oportunidades em quase um ano de ocupação. Os números são absurdos!
O Sintergia/RJ vai procurar os bombeiros, a defesa civil, o Ministério Público do Trabalho e a justiça do trabalho para que se tenha uma intervenção imediata no edifício sede de Furnas.
A diretoria da empresa tanto fez questão que as pessoas retornassem o quanto antes ao trabalho presencial para submeter a nossa categoria a esse tipo de exposição? Aqui não! Não vamos coadunar com isso!
A saúde e a segurança dos trabalhadores deveria ser prioridade máxima de Furnas. Mas o Diretor de Gestão está preocupado com outras coisas, não é mesmo? Quer detonar o clima organizacional para que as pessoas façam adesão aos planos de demissão consensual? Furnas nunca teve o clima organizacional tão ruim, tão pesado. As mesmas pessoas que já tiveram orgulho de trabalhar na empresa, hoje se envergonham e se indignam das atuais condições de trabalho e do clima beligerante da diretoria.
Hoje existem claramente duas Furnas. Uma é a que se vende prá fora. A Furnas que investe em inovação, no programa de aceleração de startups… São perfumarias completamente alheias ao negócio da empresa que só servem para tentar promover um diretor que está querendo salvar o próprio pescoço na dança da cadeira das diretorias no pós privatização.
Infelizmente a outra Furnas é a da porta pra dentro, a que não está nos webinares, na papagaiada do Porto de Santos, a que relatamos neste boletim. Pessoas cabisbaixas, incertas de seu futuro, indignadas com esse cenário.
“Apesar de você, amanhã há de ser outro dia” E nós voltaremos a sorrir e teremos diretores que valorizam a nossa gente! Falta muito pouco! Mas enquanto esse dia não chega, O Sintergia/RJ vai lutar por condições justas e pela segurança e saúde da nossa força de trabalho!
Fonte: Ascom Sintergia-RJ