Além do governador de Minas Romeu Zema fazer o discurso de que a Cemig é ineficiente, governantes privatistas também dizem o mesmo de estatais federais. Dizem sempre que é melhor privatizar, porque são ineficientes, apesar dos grandes lucros que apresentam ano a ano e dos prêmios que recebem. Apesar, também, dos sucessivos apagões que as empresas do setor, privatizadas, têm “promovido” no Brasil (Amapá, Goiás e Piauí).
O mais recente reconhecimento pela eficiência, da Cemig e de outras estatais do setor de energia, desta vez chegou no âmbito do meio ambiente; e mostra, mais uma vez, que o discurso de “ineficiência” é contraditório e mentiroso.
No último dia 04, foi anunciada a lista de empresas que obtiveram a carteira do Índice Carbono Eficiente, que mede a contribuição por menos emissão de gás carbono. Antes, somente a Cemig e a Eletrobras, duas grandes estatais, tinham o Índice. Agora obtiveram o título a Petrobras e a Copel (estatal do Paraná). Essas empresas estão na mira da privatização e seus trabalhadores resistem, numa luta árdua contra a venda à iniciativa privada.
Confira abaixo matéria sobre a premiação, publicada no site especializado no setor, Canal Energia.
Setor elétrico tem 12 empresas na carteira do Índice Carbono Eficiente
Carteira reúne 62 ações de 58 companhias de 22 setores, as empresas de energia passaram de duas para 11, mais a WEG, que fabrica equipamentos
A B3 anunciou na segunda-feira, 4 de janeiro, a 11ª carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3), que vigora até 30 de abril de 2021. Cemig, Copel, Cosan, CPFL Energia, Eletrobras, EDP, Engie, Light, Neoenergia, Petrobras e Cteep, além da fabricante de equipamentos WEG, são as empresas do setor que fazem parte. O índice foi criado em 2010 e tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. Na carteira anterior, apenas Cemig e Eletrobras estavam inseridas.
Esta é a primeira carteira a contemplar empresas pertencentes ao IBrX 100 que apresentaram formalmente seus inventários de emissões de gases de efeito estufa à B3 em 2020. Até então, eram convidadas apenas as empresas que faziam parte do IBrX 50, ou seja, as detentoras das 50 ações mais negociadas da bolsa.
A nova carteira reúne 62 ações de 58 companhias pertencentes a 22 setores. Juntas, as companhias somam R$ 3,3 trilhões em valor de mercado, 63,63% do total das companhias com ações negociadas na B3, com base no fechamento de 30 de dezembro de 2020. Além disso, o número de empresas é 132% maior em relação à carteira que vigorou em 2020, que tinha 26 ações, de 25 companhias.
Desde que foi criado, em 2010, o ICO2 B3 apresentou performance de 153,85% contra 82,69% do Ibovespa . No mesmo período, teve ainda menor volatilidade: 24,52% contra 25,39% do Ibovespa.
O rebalanceamento dos índices B3 acontece quadrimestralmente. A carteira divulgada considera a composição do IBrX100 atual. A cada 4 meses a carteira poderá mudar para contemplar apenas ações que estão entre as 100 mais negociadas.