Incêndio em subestação: Trabalhadores arriscaram a vida



Incêndio em subestação: Trabalhadores arriscaram a vida

A direção do Sindieletro acompanhou na manhã da quarta-feira (1º/02) todo o desenrolar do incêndio na Subestação Pampulha da Cemig, em BH. E continua a acompanhar, cobrando apuração rigorosa e transparente por parte da Cemig. Também cobramos a garantia de participação da CIPA na análise do incêndio.

O Sindicato parabeniza todos os trabalhadores envolvidos em procedimentos para impedir que o incêndio causasse acidentes por choque elétrico a companheiros de trabalho e a consumidores, além de atuarem para reduzir os danos materiais provocados pelo fogo. Trabalhadores que, inclusive, arriscaram suas vidas, insistindo em permanecer na sala de controle enquanto lá fora o fogo se aproximava do prédio da Subestação. Só saíram de lá quando houve a certeza de que já não existiam mais riscos.

Eletricistas de linha viva que estivessem trabalhando em rede da Cemig na região Norte ficariam expostos ao perigo de acidente e consumidores também poderiam ser vítimas de choque elétrico fatal, pois foi registrado aumento estrondoso da tensão elétrica pelos ramais que levam energia para residências da região. No conjunto da obra, os eletricitários evitaram maiores danos ao patrimônio da Cemig.

Quatro trabalhadores estavam na Subestação e permaneceram na sala de controle durante o incêndio para desligar circuitos e realizar outras intervenções para preservar vidas e reduzir os prejuízos materiais. E eles contaram com todo o apoio das equipes de eletricistas da Cemig na Grande BH, próprias e terceirizadas, que se deslocaram rapidamente para a Subestação e ajudaram nas intervenções necessárias e urgentes.

Descaso e falta de investimento

Para o Sindieletro, pelo histórico de nossas denúncias de décadas apontando descaso e falta de investimentos da Cemig no seu sistema elétrico, incluindo as subestações, o incêndio pode não ter sido uma fatalidade e muito menos um fato isolado. As subestações da Cemig, assim como outros setores, estão jogadas às traças há muito tempo. Na maioria das SE´s nem operadores existem mais, foram automatizadas. Os trabalhadores atuam em rodízio, com tarefas pré-programadas nas subestações. Algumas até funcionam sem vigilante ou porteiro. Na SE da Pampulha foi sorte que, no momento do acidente, estivessem no local quatro eletricitários.

Solução para reverter o quadro de sucateamento a gente tem, basta a empresa dialogar e aceitar nossas alternativas, entre elas, a primarização das atividades-fim para que a companhia volte a ter todo o controle dos processos de trabalho e, assim, garantir segurança e serviços de qualidade.

item-0
item-1
item-2
item-3