Impunidade

Previsto para acontecer nesta terça-feira (17), o julgamento foi adiado até que o plenário do Supremo decida sobre o pedido da defesa de Norberto Mânica para que o crime seja julgado pela Justiça Federal em Unaí

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (16) adiar o julgamento do fazendeiro Norberto Mânica, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de três auditores fiscais e de um motorista do Ministério do Trabalho. O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2004, na cidade de Unaí (MG), e ficou conhecido como Chacina de Unaí.

Marco Aurélio decidiu adiar o júri até que o plenário do Supremo analise um pedido feito pela defesa de Mânica para transferir o julgamento para a Justiça Federal em Unaí, onde o crime ocorreu. “Deve-se aguardar o crivo do colegiado. Havendo designação do Júri para o dia de amanhã, às 9h, impõe-se deferir a medida acauteladora, evitando-se, quem sabe, atividade judiciária inútil”, disse o ministro.

No dia 31 de agosto, a Justiça Federal de Belo Horizonte condenou três réus acusados de participação no assassinato. Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda foram condenados por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. A maior pena foi para Rios: 94 anos de reclusão em regime fechado.