Imposição vs. negociação

 Após a assembléia dos trabalhadores, que aprovaram uma pauta de reivindicações para negociar a PLR, o Sindieletro tentou, em duas reuniões, iniciar uma negociação. Em vão.

 A pauta aprovada pelos trabalhadores está longe de ser uma pauta ideal e foi elaborada para tentar um acordo, tendo como base a proposta imposta pela empresa. Foram apresentadas duas reivindicações que não mudariam o montante financeiro a ser distribuído e também não acrescentaria nenhum novo indicador para as metas. Mas traria para o cenário uma nova possibilidade de uma PLR sem imposição.

Contudo, os representantes da Brasil PCH não vieram para negociar e sim para reafirmar que PLR na empresa é um instrumento para favorecer alguns e dar um abonozinho para a maioria, além da possibilidade de punir trabalhadores. Isso fica evidente quando a empresa não atende a reivindicação de retirada da avaliação de desempenho dos indicadores. Um representante da empresa chegou a afirmar que, sem essa meta, o trabalhador pode não ter motivação para o trabalho.

Para os representantes do Sindieletro, as duas reuniões poderiam ter avanços. Fizemos todo o esforço, flexibilizando as reivindicações e tentando construir uma proposta a partir do diálogo. Mas a empresa veio para o embate, reafirmando tudo que já dissemos nos últimos acordos firmados e também no atual. Não se trata de uma proposta e sim da tentativa do Sindicato ser conivente com uma imposição autoritária e ilegal, que abre caminho para punir alguns trabalhadores, mas que tem como foco principal remunerar de forma gentil os grandes salários sem a taxação de impostos. Isso não aceitamos.

 O Sindieletro vai acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para solicitar uma mediação, uma vez que, com a empresa, não há espaço para  negociação de fato .

Surgindo qualquer novidade, informaremos aos trabalhadores.