Home office na Cemig impõe novas demandas e sobrecarga



Home office na Cemig impõe novas demandas e sobrecarga

A Gestão de Imóveis, com a política agressiva do governo Romeu Zema de vender ativos, é uma das gerências mais afetadas

Com a pandemia, o trabalho em home office na Cemig impôs novas realidades e, uma delas, foi a falta de planejamento dos gestores da empresa, aliada à ausência de avaliação sobre os impactos para os trabalhadores e trabalhadoras. Os sucessivos programas de desligamento deixaram a Cemig com grande desfalque de pessoal técnico e, em home office, inúmeros eletricitários e eletricitárias, de diversos setores, passaram a trabalhar muito mais, principalmente com novas atividades incorporadas às suas áreas de atuação.

Um dos vários exemplos vem ocorrendo na Gerência de Gestão de Imóveis. O Sindieletro apurou que os trabalhadores e trabalhadoras, do quadro próprio e terceirizados, estão atuando com equipes reduzidas e realizam mais atividades do que antes da pandemia, sofrendo todo tipo de pressão para cumprir os prazos e as metas. Além da rotina de trabalho, de antes e depois da pandemia, eles ainda tiveram que realizar novas atividades incorporadas de outros setores para a Gestão de Imóveis.

Vale lembrar: A gestão de Romeu Zema na Cemig colocou em prática a política agressiva de vender o máximo de ativos, incluindo imóveis da empresa, em todo o Estado.  Essa política impôs aos eletricitários e eletricitárias da área muito mais trabalho, sem, contudo, haver condições dignas e tranquilas para eles assumirem as novas atividades.

Falta de tempo até para a família

Diretores do Sindieletro em algumas regiões do Estado apuraram que a jornada em home office para alguns trabalhadores e trabalhadoras foi esticada para até às 20 horas, com excesso de horas-extras, todos os meses. Para os companheiros, a vida familiar foi prejudicada, com menos tempo de convivência, apesar deles se encontrarem dentro de casa. 

Equipes que, antes da pandemia, eram formadas por dez trabalhadores(as), agora atuam com cinco.  São metas e prazos colocados sem nenhuma avaliação dos impactos, como, por exemplo, se as equipes são suficientes para atender todas as demandas. Lamentavelmente, há trabalhadores tomando medicamentos para ansiedade.

O Sindieletro insiste em cobrar da Cemig o debate e as soluções necessárias para as novas realidades de trabalho durante a pandemia, incluindo as atividades em home office e as que não são emergenciais.

Em defesa da vida e da dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras!

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