História viva



História viva

Em 1995, os petroleiros protagonizaram a mais longa greve da categoria, que começou no dia 3 de maio e terminou em 3 de junho. Foram 32 dias de luta, que ficaram na memória da classe trabalhadora e marcaram o movimento sindical brasileiro.

Para comemorar os 20 anos dessa importante greve, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) promove, nesta semana, atividades em Paulínia e Campinas.
A programação começou na quinta-feira, dia 11, na Refinaria de Paulínia (Replan). Uma exposição com mais de 30 painéis sobre a Greve de 95, com fotos, depoimentos, narrativas, reportagens de jornais da época e boletins sindicais, foi instalada na Portaria Sul da refinaria. Nesse dia os petrolérios fizeram um ato político e a apresentação da peça “Somos Todos Petroleiros”, com a Cia de Teatro Vacas Profanas e o Grupo Livre de Teatro, ambos de Campinas.

A comemoração continua no sábado, dia 13, na sede regional do Sindicato, no bairro Jardim Chapadão, em Campinas. A partir das 9h será realizado um ato político, com a participação de petroleiros e lideranças sindicais que tiveram papel fundamental nos 32 dias de luta. O público presente poderá conferir ainda a abertura oficial da exposição sobre a greve, que permanecerá na quadra do Sindicato até o dia 30 de junho.

A greve

A greve dos petroleiros, em 1995, ficou marcada na história como um dos principais momentos de resistência do movimento sindical brasileiro. Em contestação à política de privatização do governo FHC e às perdas dos direitos trabalhistas, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou os sindicatos filiados para uma greve geral, que começou na madrugada do dia 3 de maio de 1995 e contou com o apoio de importantes categorias da classe operária.

Após alguns dias, apenas os petroleiros permaneceram na luta e travaram uma verdadeira queda de braço com o governo, que, irredutível, deu ordens para que o Exército ocupasse as refinarias. A Replan foi invadida por uma tropa de 500 soldados fortemente armados, inclusive com tanques de guerra.

No dia 3 de junho, todos os petroleiros voltaram ao trabalho de cabeça erguida. A categoria não teve suas reivindicações atendidas, mas conquistou significativos ganhos políticos e sociais. A greve de 95 foi fundamental para mudar a história da Petrobrás e os rumos do país.

Fonte: CUT Nacional

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