Um grito que não se cala
Entre as muitas manifestações da cidadania encontra-se o Grito dos Excluídos que celebra agora seu 19o ano.
Fruto das semanas sociais trabalhadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pastorais sociais e movimentos sociais, o Grito dos Excluídos/as traz à consciência nacional, desde 1995, os grandes desafios e propostas para a construção de um novo projeto para o Brasil.
O Grito tem sempre três objetivos: (1) denunciar o modelo político e econômico que concentra riqueza e condena milhões de pessoas à exclusão social; (2) tornar público nas ruas e praças o rosto desfigurado dos grupos vítimas da exclusão social; (3) propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos cidadãos.
O Grito afirma a cada 7 de setembro: a vida em primeiro lugar. No ano passado ocorreu em 25 estados do Brasil. Em 2013, o tema é “Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”. Bem adequado aos tempos em que estamos vivendo, com a juventude mostrando sua cara nas ruas e exigindo um novo país. Em julho, foi realizada a Jornada Mundial da Juventude, que deu novo alento a esta força, sobretudo quando o Papa Francisco pediu que os jovens saiam às ruas, sejam revolucionários e não se esqueçam das causas políticas e sociais.
Esse ano vamos nos encontrar no dia 07 de setembro, a partir das 8 horas da manhã, debaixo do viaduto Santa Tereza. Traga suas bandeiras, as de seu movimento, associação, grupo, sindicato, pastoral, partido, escola e universidade.
Enquanto houver injustiça, desigualdade social e opressão; enquanto existir esse sistema capitalista que exclui e mata pessoas e degrada a criação de Deus; este grito não se calará.
Por Padre Henrique - coordenador do Fórum das Pastorais Sociais do Regional Leste II em Brasil de Fato/MG