Em greve, os Petroleiros, os trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual de educação e dos Correios, com o apoio e solidariedade de outras categorias, entre elas, os eletricitários, realizaram um grande ato público em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na última quarta-feira (12). Eles e elas protestaram contra as políticas neoliberais de Bolsonaro e Romeu Zema, contra as privatizações, os cortes de direitos e em defesa da soberania.
A greve por tempo indeterminado dos professores começou no dia 11. A categoria reivindica o pagamento do Piso Salarial Profissional, a quitação do décimo terceiro salário de 2019, a defesa do emprego e o direito a uma educação pública e de qualidade. A luta dos educadores é, também, para que o governo Romeu Zema inclua todos os servidores públicos estaduais no Projeto de Lei (PL 1.451/2020). Esse projeto só propõe reajuste salarial para a segurança pública.
Na terça-feira, 10, os professores ocuparam o Plenário da ALMG para cobrar dos parlamentares a defesa de uma política de reajuste salarial para todo o funcionalismo público.
Os professores ressaltaram a situação enfrentada na educação e denunciaram que o governador Romeu Zema não apresentou nenhuma proposta de cumprimento da Lei Estadual 21.710/2015 e a Lei Federal 11.738/2008, que estabelecem o Piso Salarial Profissional como um direito legal.
Servidores Públicos Federais
O Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonsasefe) anunciou greve geral para início em 18 março, pela valorização dos trabalhadores, em defesa do serviço público e das estatais. No dia 11 de fevereiro representantes da categoria foram barrados por seguranças ao tentar protocolar a pauta de reivindicações no Ministério da Economia, exatamente um dia após o ministro Paulo Guedes ter comparado os servidores públicos a parasitas.
Correios
Os trabalhadores dos Correios realizam assembleias em todo o país no dia 3 de março e podem aprovar grave por tempo indeterminado. A privatização ameaça a demissão de 40 mil trabalhadores da ECT.
Petrobras
Em greve desde o dia primeiro de fevereiro, a paralisação dos Petroleiros atinge mais de cem unidades em 13 estados. A categoria protesta contra a demissão em massa de mil trabalhadores da fábrica de fertilizantes nitrogenados do Paraná e contra a privatização da empresa.
A greve vem sendo atacada pelo STF, que determinou um quadro mínimo de 90% dos trabalhadores voltem ao trabalho, o bloqueio das contas dos sindicatos e multa por descumprimento da sentença. A Federação Única dos Petroleiros anunciou que vai recorrer da decisão, por meio de um agravo regimental.
Em Minas, o movimento teve início em 31 de janeiro. Na terça-feira (11) os petroleiros participaram de uma audiência pública na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No dia 12 representantes da categoria se reuniram com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e David Alcolumbre, que se comprometeram a intermediar a greve.
Sindieletro: a luta é de todos e fortalece a resistência contra a privatização
O coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, tem marcado presença nas mobilizações dos companheiros e companheiras em greve, junto com os demais diretores do Sindicato. Ele destaca que a luta é de toda a classe trabalhadora e os motivos das greves têm tudo a ver com os motivos das mobilizações da categoria eletricitária. Ele destaca que a Petrobras, os Correios, a educação pública estadual de Minas e todos os demais companheiros de outras estatais e dos serviços públicos estão sendo atacados. O objetivo é desmontar e privatizar tudo, e a Cemig e os eletricitários também estão nos planos de privatização, a luta não é isolada.