Os professores da rede estadual de ensino recusaram, na terça-feira (8), a proposta salarial e de plano de carreira do governo de Minas, decidindo manter a mobilização em todo o Estado. Na próxima quarta-feira (16), está programado um novo dia de mobilizações, com concentração na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A categoria também pretende manter o acampamento no estacionamento do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador, Antonio Anastasia, até o dia 16, quando ele será transferido para a ALMG.
As decisões foram tomadas nesta terça-feira em assembleia organizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG). A presidente da entidade, Beatriz Cerqueira, informou que o reajuste de 5% oferecido pelo governo do Estado está longe sequer de repor a inflação do período. “O governo continua ignorando o piso nacional”, declarou Beatriz.
Já o governo informou, em nota, que continua aberto ao diálogo com os servidores e que, apenas neste ano, foram realizadas seis reuniões com as sete entidades que representam a categoria. A nota diz que, em decorrência de reajustes e outros benefícios, os professores da educação básica do Estado chegarão em janeiro de 2014 com aumento médio total de 19,9% em seus salários na comparação com novembro de 2012. “De 2010 a 2014, o crescimento da folha de salários da Secretaria de Estado de Educação atingirá 72,5% – o triplo da inflação estimada para o mesmo período”, diz a nota.
Paralisação
A Secretaria de Estado de Educação informou que 99,48% dos educadores da rede trabalharam normalmente na terça-feira, durante o dia de paralisação. Uma escola estadual suspendeu totalmente os trabalhos e 140 pararam parcialmente as atividades. A proposta do governo inclui progressão de 2,5% por tempo de serviço em janeiro de 2014.