Trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, em greve geral desde o dia 18 de agosto, realizaram manifestação na manhã da quarta-feira (9), no Centro de Distribuição Domiciliária (CCD) Leste, no bairro Floresta, em Belo Horizonte. A atividade começou às 7 horas. Depois do ato, grevistas e apoiadores saíram em passeata até o CDD Sagrada Família. O protesto, que serviu para mobilizar ainda mais a categoria, foi mais um ato contra a retirada de direitos e a privatização da estatal.
Na terça-feira (8), trabalhadoras e trabalhadores da base do Sintct-G (Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos Similares de Minas Gerais) se reuniram na porta do Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE-BH), no bairro Universitário, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Mobilizados, eles se reuniram na portaria dos caminhões, no Anel Rodoviário, e saíram em passeata até a segunda portaria do CTCE-BH, no bairro Suzana.
A greve foi deflagrada porque a direção da empresa tentou excluir 70 cláusulas do atual acordo coletivo e não propôs reajuste salarial para funcionárias e funcionários. O Sintect-MG destacou, em seu site, que a empresa vem tendo lucro nos últimos anos e deve ter faturamento recorde em 2020, já que houve um aumento superior a 25% no número de encomendas, por causa da pandemia.
Após a passeata, diretores e militantes dos Correios fizeram falas, ressaltando a importância do momento paredista. O presidente do Sintect-MG, Robson Silva, informou aos trabalhadores sobre o dissídio coletivo e as medidas tomadas contra o parecer desfavorável emitido pela ministra Kátia Arruda.
O presidente do Sindicato passou as informações sobre o dissídio coletivo e as manobras da empresa para frear a greve e a mobilização dos trabalhadores, reforçando que este é o momento de ampliar e manter firme a greve, pois esta é a única arma que os trabalhadores possuem contra os ataques promovidos pelo governo federal e pela direção da Empresa.
Ao fim do ato, os ecetistas realizaram sua assembleia, que deliberou, por unanimidade, a continuidade da greve nacional por tempo indeterminado contra os ataques promovidos pela direção da ECT e contra a privatização dos Correios.
Um grande Ato Nacional Unificado será realizado na sexta-feira (11), com concentração às 11 horas, na Praça da Estação, Região Central de Belo Horizonte.
Fonte: CUT Minas