Greve continua nesta terça; ato às 10h, na Sede



Greve continua nesta terça; ato às 10h, na Sede

A greve iniciada na segunda-feira (29) tomou novos contornos durante a tarde de ontem. Para somar aos trabalhadores da Cemig, movimentos sociais ocuparam a Sede. MST, MTST, Povo sem Medo, Levante Popular da Juventude, Afrontte e Movimento dos Atingidos por Barragens  (MAB) ocuparam a recepção do prédio. A gestão da Cemig chamou a PM e compareceu no local um verdadeiro batalhão de policiais. Uma frota de carros da PM fechou a rua Alvarenga Peixoto, atrás da Sede. Compareceu até veículo de batalhão de choque.

Mas após negociação com a gerência da empresa e também com o comando dos policiais, os militantes permaneceram na entrada da Sede, mais tarde foram retirados e ficaram na rua. Os manifestantes dormiram no local. A ocupação tem duas turmas. Uma durante o dia, uma à noite. Os manifestantes seguirão apoiando a greve com outras atividades, incluindo a de hoje, a partir das 10 horas.

O movimento é contra os ataques do governo Zema aos direitos dos trabalhadores e à política implantada na Cemig para antecipar a privatização da empresa. A estatal está sendo desmontada pelo governo para ser privatizada e é alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa que aponta várias irregularidades cometidas pelos gestores indicados pelo governador, grande parte deles constituída de paulistas. Além disso, há os privilégios garantidos à alta cúpula, como uma remuneração milionária que engloba salários e rendimento variável e um contrato para fornecimento de refeições para os diretores no valor de R$ 1,2 milhão ao ano. Pelos cálculos do Sindieletro, a refeição diária para cada diretor que usa o restaurante ‘vip’ da Sede da Cemig custa R$ 350,00.

O Sindieletro apoia incondicionalmente a CPI e defende o afastamento do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, até que sejam concluídas as apuraçõ es. Os eletricitários estão em campanha salarial para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a gestão da empresa, indicada por Zema, não negociou a pauta dos trabalhadores. A contraproposta que apresentou retira direitos da categoria.

Além da Sede, o Sindieletro realiza mobilizações nos locais de trabalho, na Grande BH e interior.

Cemig, esse trem é nosso!

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