Grave! Desativação da base operacional Q14 deteriora processos de trabalho



Grave! Desativação da base operacional Q14 deteriora processos de trabalho

Grave! Desativação da base operacional Q14 deteriora processos de trabalho e compromete as condições de trabalho e dos ativos do setor elétrico

Em 5 anos a gestão Zema na Cemig já desativou mais de 50 localidades (bases operacionais) e 50 agências de atendimento aos consumidores de energia elétrica, fechou também a base operacional São Gabriel, que atendia mais de 1 milhão de consumidores no vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A desativação da Usina Térmica de Igarapé é o maior exemplo de descompromisso com a estratégia do setor elétrico e as reestruturações que ocorreram em nível de gestão, demonstra que ninguém está a salvo do projeto privatista do Zema. Gerentes e superintendentes de carreira na empresa foram retirados de seus cargos e forçados a sair da empresa. É um verdadeiro caos organizacional, feito na marra, utilizando o assédio como instrumento de gestão.

A bola da vez é a base operacional Q14, um importante complexo de manutenção de equipamentos dos ativos do setor elétrico, da Geração, Transmissão e Distribuição, localizada na Cidade Industrial, Contagem. Já denunciamos sobre o impacto que o fechamento do Q14 vai gerar em vários processos de trabalho, mas a gestão de Zema e do presidente da estatal, Reynaldo Passanezi, insiste em mais esse projeto que tem relação com a privatização da companhia.

O diretor da Geração e Transmissão, Thadeu Carneiro, ordenou que as equipes das respectivas áreas desocupassem o galpão (Prédio 08) urgentemente, sem ao menos garantir um local adequado para que os trabalhadores possam desenvolver a manutenção dos equipamentos com as mínimas condições.

Esse é um dos galpões construídos no Q14 para atender as demandas específicas de manutenção desses equipamentos, todo estruturado com maquinaria, instrumental e ferramental para garantir a realização das manutenções, incluindo uma ponte rolante para manusear e deslocar equipamentos pesados por toda área de manutenção. Como podemos observar, o veículo na foto principal é quase imperceptível devido às dimensões desta instalação. Neste momento, o galpão já foi esvaziado para atender o desejo da lógica rentista de Thadeu Carneiro e sua turma privatista. Triste e revoltante!

As equipes de manutenção e dos Serviços Especializados em Transformadores (SET) foram realocadas para o galpão (prédio 04), localizado na Subestação Adelaide, no bairro Caiçara, BH. A imagem não nos deixa mentir, o galpão é infinitamente menor, não cabe todos os materiais RETIRADOS DO PRÉDIO 08, e NÃO TEM CONDIÇÕES ESTRUTURAIS PARA REALIZAR AS MANUTENÇÕES, antes realizadas no Q14. Absurdo! Maquinários ficaram de fora do galpão.

Importante ressaltar que a subestação Adelaide fica localizada no meio de um bairro residencial e bem movimentado, que já dificulta o deslocamento de carretas e caminhões, muito utilizados pelas equipes e para transporte de materiais e equipamentos.

Mas teve comemoração pelo feito! Essa é a placa de inauguração do novo galpão (prédio 04), contendo os nomes dos “responsáveis” pela mudança das equipes (foto 3). Informações apontam que foram investidos aproximadamente 1 milhão de reais para reforma deste galpão.

A pergunta que não quer calar é: a quem interessa a desativação do Q14? Quem será ou quais serão os beneficiados com o fechamento do Q14? Os trabalhadores e os consumidores de energia elétrica não serão, com certeza.

Encaminhamos ofício para gestão da empresa prestar esclarecimentos sobre informações acima e tomar as medidas que visem reverter a desativação do Q14 e consequente transferência dos trabalhadores.

Encaminhe seu relato sobre condições de trabalho precário ou reestruturações que estão impactando os processos e as condições de trabalho para o e-mail: soudonodomeutrabalho@sindieletromg.org.br

 

CONFIRA AS FOTOS, QUE MOSTRAM A SITUAÇÃO DE PRECARIEDADE

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Cemig: esse “trem” é nosso!

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