Proposta apresentada pela gestão da Cemig, na calada da noite, é de inteira responsabilidade do Governo do Estado e representa verdadeiro ataque ao processo negocial e aos trabalhadores
Se depois de incansáveis reuniões com os mais diversos interlocutores, a gestão da Cemig e o governo do Estado apresentam uma proposta como a que foi divulgada na sexta-feira, 10, não nos resta outro caminho: radicalizar na mobilização!
Na avaliação do Sindieletro, ao contrário de avançar, a proposição da empresa retroage muito. Isso porque continua trazendo a retirada de direitos e não garante NADA em relação à proteção contra a reforma trabalhista. Pelo contrário, se apropria da reforma para tentar prejudicar a categoria.
É fato: Trabalhador ou trabalhadora que aceitar a proposta apresentada pela Cemig estará legitimando a reforma. Quem aceitar esse verdadeiro golpe que a empresa e o Governo do Estado tentam aplicar na categoria, sairá derrotado dessa campanha.
Vejam, por exemplo, a Cláusula 55: Na calada da noite, sem qualquer discussão, a gestão da empresa e o Governo Pimentel mudaram a redação do texto e incluíram que os trabalhadores que aderirem a PDV’s estarão automaticamente concordando com a “quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia”.
Na prática, isso significa abrir mão de recorrer à Justiça contra TODAS as ilegalidades cometidas pela empresa. O trabalhador (a) também fica impedido de reclamar qualquer coisa contra a Cemig Saúde e a Forluz.
Na última sexta-feira, alguns sindicatos assinaram acordo com a empresa sem consultar a categoria.
Nas redes sociais, alguns dirigentes anunciaram o ato como “corajoso”, quase heroico. Entretanto, se a proposta aprovada por essas entidades possuir a cláusula 55, tal qual foi apresentada ao Sindieletro, eles precisarão de coragem é para explicar à categoria que rifaram os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Mais problemas
Apesar de acatar a manifestação contra a redução do percentual das horas extras, a empresa continua retirando direitos de quem é convocado nos domingos e feriados, nega aumento real além do INPC (1,83%), reduz a verba do PCR para 0,6% da folha de pagamento, acaba com o tíquete extra (vale peru), entre outros pontos.
Resposta será nas assembleias!
Indignação é o sentimento. Mobilização, a resposta. A partir de hoje, o Sindieletro estará nas portarias realizando assembleias e discutindo detalhes da proposta da empresa com os trabalhadores e trabalhadoras. Participe!
O modo como o governador Fernando Pimentel e a gestão da Cemig estão tratando a negociação com a categoria eletricitária é inaceitável. Por isso, a hora é de intensificar a luta neste novo ciclo da campanha e dar uma resposta à altura!
E lembre-se: Solidariedade é o caminho da vitória! Nenhum direito a menos!