Em resposta aos desastres causados no interior pelos fortes temporais, o governo de Minas acaba de anunciar o repasse às cidades atingidas de R$ 3,4 milhões. A intenção é manter somente ações de suporte.
Um interlocutor próximo a Zema afirmou que o governo não está disposto a ir além disso; ou seja, não atuará diretamente na reconstrução de grande parte das cidades ou irá financiar moradias às vítimas que perderam casas. O interlocutor explicou que a legislação obriga apenas os prefeitos a procederem com ações nesse sentido. Governos estadual e federal dariam suporte por iniciativa própria. A dúvida que fica é se mesmo com o suporte os municípios irão dar conta de cuidarem sozinhos dos estragos.
O dinheiro destinado às prefeituras é na verdade uma antecipação de repasses estaduais. Cada cidade receberá em média apenas R$ 33,6 mil, dinheiro destinado a garantir o atendimento assistencial às vítimas das chuvas.
Outra reposta aos temporais que ainda assolam o estado partiu do Legislativo. A Assembleia anunciou na segunda-feira (27/1) quatro medidas. Uma delas será a construção de uma lei para que o governo possa antecipar o pagamento de dívidas que tem com os municípios afetados.
Desde que os estragos começaram a ser contabilizados o governo atuou com medidas emergenciais. Zema decretou 47 cidades em emergência. Hoje, 101 estão nessa situação. Ainda com o decreto o governador pretende mobilizar todos os serviços estaduais em prol de atender de prontidão as pessoas atingidas. O órgão estadual à frente é a Defesa Civil. Nesse caso, estão em práticas medidas de buscas aos desaparecidos, socorros às pessoas ilhadas e salvamento de quem está em áreas de risco. Ou seja, medidas de cunha imediatistas.
Foram diversas consequências às cidades mineiras: deslizamentos de terras, inundação de casas bem como o transtorno do trânsito. Os principais atingidos foram os mais pobres. Eles moram em locais inadequados para fortes chuvas, como em barrancos e encostas. A defesa Civil estadual calcula até o momento 60 mortes, entre crianças, jovens e aposentados. 17 estão desaparecidos, e cerca de 11 mil desalojados em 58 municípios.
Fonte: Os Novos Inconfidentes, por Marcelo Gomes, jornalista