Governador do RS volta a discutir privatizações de empresas públicas



Governador do RS volta a discutir privatizações de empresas públicas

Com mandato até 2022, o tucano Eduardo Leite quer terminar seu segundo ano de governo com uma satisfação aos setores privatistas que o apoiaram. Neste sentido, ao final da tarde da segunda-feira, 16, ele realizou no Palácio Piratini uma reunião com representantes do alto empresariado, deputados da sua base e seu secretariado. Na pauta, equilíbrio fiscal e privatizações como a da CEEE-D, com edital previsto para dezembro e leilão em fevereiro de 2021.

CEEE e Sulgás

Esta seria a primeira empresa pública a ser entregue a baixo preço à iniciativa privada no atual governo. Na sequência, entrariam na chamada “privataria” da sua gestão também a CEEE-GT e a Sulgás (empresa lucrativa que sobreviveu ao governador neoliberal José Ivo Sartori, que tentou vendê-la de qualquer jeito).

Funcionários: golpe na aposentadoria

Vale muito observar que uma das primeiras medidas tomadas pela CEEE antes da privatização de seu braço de distribuição, prevista para fevereiro de 2021, foi o rompimento com o fundo de aposentadoria dos funcionários, o Família Previdência, antes conhecida como Fundação CEEE. A mudança do nome já pretendia atender a perspectiva de privatização da empresa, mas os trabalhadores tinham a expectativa de que o novo acionista fosse substituir a estatal no papel de “patrocinador”. Mas na sexta-feira, 13 de novembro, a direção da empresa enviou correspondência à fundação anunciado a decisão de romper o vínculo.

Banrisul

Quem pensou no Banrisul, tem boas razões para ficar atento, pois “a fila anda” e o patrimônio público é sucateado pelos governos de índole neoliberal e entregue de mão beijada ao grande empresariado. Leite ainda não falou muito sobre os planos para os bancos públicos do estado, pois já observou a resistência de grande parte da sociedade gaúcha a desfazer-se de instituições que são esteios do desenvolvimento do RS. Além das dificuldades legais e institucionais existentes.

A subida geral de preços e tarifas, a restrição de público e consumo e a precarização dos serviços – além do desemprego de muitos trabalhadores – costumam ser os resultados imediatos e mais visíveis da grande maioria das privatizações.

Os movimentos populares, sindicatos de trabalhadores, partidos de esquerda vêm lutando sempre para impedir a redução brutal do poder regulador e prestador de serviços do estado. Leite, até o momento, mostra-se menos afoito que Sartori. Porém, agora neste final de ano, e em 2021, as privatizações voltam à mira do governo estadual.

Fonte: Imprensa SindBancários/RS, com informações de Gaúcha ZH, CP/Rádio Guaíba Notícias

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