CPI que investiga o processo de privatização e o pós-venda com sucateamento total dos serviços, o caos que se instalou em Goiás, com apagões diários, foi instalada no primeiro trimestre deste ano. A indignação com a Enel, a compradora da antiga Celg, é de toda a população. Até partidos tradicionalmente de direita, como o DEM, denunciam o sucateamento de toda a energia de Goiás. É o exemplo clássico que exige sempre a pergunta: vale a pena privatizar? Serviços essenciais à população, como energia e fornecimento de água, envolvem soberania e quando se tornam alvo de lucro, apenas lucro, o resultado é catastrófico. Toda a sociedade fica no prejuízo, com alta absurda nas contas dos serviços públicos e piora no atendimento.
O Sindieletro alerta: a privatização da Celg serve de exemplo para Minas Gerais: se privatizar a Cemig será também o caos. Estamos na luta contra a privatização!
Confira matéria do portal da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, publicada em 08/08/2019:
Chico KGL destaca trabalho da CPI da Enel e critica modelo de privatização da Celg
Durante pronunciamento no Pequeno Expediente, o deputado Chico KGL (DEM) destacou a importância da CPI da Enel, da qual é membro, cujos trabalhos foram retomados esta semana. “Estamos trabalhando para que tudo seja esclarecido. Sucatearam nossa energia. Até hoje os goianos não aceitam a forma como esse negócio foi realizado. Foi vendida (a Celg) por dois bilhões de reais, o governo assumiu cinco bilhões e ainda deu mais cinco bilhões de isenção fiscal”, disse.
KGL salientou que outras empresas públicas do estado, como Saneago, também foram prejudicadas pela má gestão do governo passado. “Entregaram nosso patrimônio, e hoje pagamos água e esgoto muito caro, são o segundo mais caro do Brasil. É preocupação dos membros da CPI da Enel que esse negócio possa ser esclarecido e a população possa ter de volta tudo que perdeu”, enfatizou.
Observação: a Celg foi privatizada em 2017, pelo então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB)