Numa junção umbilical, a diretoria da Cemig Saúde, com expressão majoritária encabeçada pelo seu presidente, Anderson Ferreira, tem trabalhado com a gestão Zema na tentativa insana e irresponsável de destruir a Cemig Saúde. A intenção é colher os frutos podres em forma de dividendos para os sanguinários acionistas e envelopar a Cemig para a privatização pelo Governo do Estado.
Nesta quinta-feira (23), a Cemig Saúde publicou em seu site mais uma chantagem feita pela gestão Zema na Cemig: a ameaça de denunciar o Convênio de Adesão ao ProSaúde Integrado da Cemig. Para melhor compreensão: este documento faz parte de um conjunto de instrumentos contratuais que envolve a relação da Cemig como patrocinadora e da Cemig Saúde como operadora do plano.
Em momentos anteriores, a gestão da Cemig já trouxe a mesma narrativa da denúncia, ignorando os regramentos legais que regem os contratos do tipo. Agem como se a vontade de seus desonrados gestores atuais – vários indiciados na CPI da ALMG – fosse suficiente para descumprir acordos, rasgar contratos e ignorar dívidas.
A ameaça de denúncia quer forçar a aceitação de regras danosas e a expulsão de milhares por não conseguirem arcar com o alto custo proposto, sem falar na precarização devassadora para aqueles que puderem ficar. Tudo para colocar mais dinheiro nos bolsos já transbordantes dos acionistas!
A preparação do ambiente de horrores trazido em primeira mão pela comunicação da Cemig Saúde – e certamente teremos, em breve, no âmbito interno da Cemig, informações aos trabalhadores ativos na mesma linha coercitiva – coincide com o formato que tem sido adotado na Forluz.
A gestão Zema também ataca a Forluz com requintes de crueldade e sede de destruição, haja vista a decisão de ontem, quarta-feira (22), que aprovou com voto de minerva o calote em dívidas e alterações danosas para os participantes do plano A.
A reunião do Conselho Deliberativo da Cemig Saúde que será realizada daqui a uma semana, na próxima quinta-feira (30), será o momento em que milhares de vidas receberão a mais impactante tentativa de golpe. As iniciativas que construíram alterações ilegais e ilegítimas no estatuto da Cemig Saúde, dando origem a instrumentos autoritários de decisão, ampliando os poderes da Cemig e aniquilando a representação dos beneficiários, certamente estarão em teste na próxima reunião do colegiado.
Outra situação que incomoda é a inerte atuação da diretoria executiva da Cemig Saúde, que tem atuado como vassala incondicional da gestão Zema. Ignoram suas responsabilidades administrativas e não agem com a fidúcia devida em relação à Cemig Saúde, de acordo com a exigência de seus cargos. Estes certamente também responderão perante a Justiça, em futuro próximo, pelo excesso dos seus atos para fomentar, de forma explícita, os interesses da Cemig em detrimento da preservação da autogestão.
Para defender os trabalhadores ativos e beneficiários assistidos, o Sindieletro não poupará esforços! Vamos resistir em todas as instâncias a essa devastação de direitos e diversas ilegalidades cometidas pela gestão do governador Romeu Zema na Cemig. Com muita luta e coragem vamos derrotar esses forasteiros que se apossaram da Cemig e dos bens dos mineiros!