Gestão Zema na Cemig é autoritária, mas eletricitários resistem!



Gestão Zema na Cemig é autoritária, mas eletricitários resistem!

A paralisação da quarta-feira (13) foi uma resposta aos ataques autoritários da gestão Zema na Cemig. À semelhança de governos autoritários da história, a gestão da Cemig não respeita instituições e tenta forçar a implementação de mudanças.

Em retaliação à postura do Sindieletro em não aceitar barganhas e ilegalidades no ACT, a gestão da Cemig usou de diversas artimanhas para pressionar a categoria a sucumbir aos seus desmandos. Aplicaram o ACT para eletricitários representados pelo Sindieletro que se filiaram a outros sindicatos, cortaram o repasse do ticket aos trabalhadores da nossa base territorial e interromperam o repasse da contribuição sindical ao Sindieletro. Nosso Departamento Jurídico buscou diversas alternativas na Justiça para estas questões, inclusive requerendo tratamento isonômico entre os trabalhadores.

No dia 21 de novembro, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT da 3ª Região) divulgou liminar proibindo a gestão da Cemig de implementar Acordos Coletivos firmados com outros sindicatos para a base territorial do Sindieletro. A Cemig descumpriu a liminar e pagou o ticket para estes trabalhadores. Já no dia 5 de dezembro, o TRT da 3ª Região soltou liminar determinando também que a gestão da Cemig garanta o repasse das mensalidades sindicais ao Sindieletro. A Cemig também ignorou esta liminar, mesmo sob pena de multa.

A crueldade dessa gestão chega a ser inacreditável. O revanchismo, o ódio ao trabalhador e ao seu direito de negociação são tamanhos que a segurança alimentar dos eletricitários e suas famílias está em jogo. O ticket, bem como o próprio ACT, é lei. Tem origem em política pública: lei 6.321, de 14/4/1976. Na Cemig, recebemos o ticket desde a década 80. Em nenhum governo anterior tiveram a ousadia de cortar um direito relacionado à nossa condição soberana de alimentação.

Reynaldo Passanezi e sua corja estão impondo uma situação caótica entre os trabalhadores. É mais uma situação gerada pela gestão Zema na Cemig que adoece os profissionais dessa empresa. Eletricitários estão sofrendo com muita angústia e, em alguns casos, até desespero. Recebemos relatos de trabalhadores que ameaçam sair da Cemig por não ter condições de subsistência sem o ticket alimentação.

Na última quinta-feira (7), o Departamento Jurídico do Sindieletro encaminhou petição ao TRT informando o descumprimento da liminar concedida no nosso dissídio coletivo. O Sindieletro pediu o aumento da multa para a gestão da Cemig e o bloqueio do valor de repasse das mensalidades sindicais. Pedimos também a prisão do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, por crime de desobediência. A petição já está com o desembargador César Pereira da Silva Machado Júnior para apreciação.

Nossa paralisação é a manifestação contra as medidas autoritárias e cruéis da gestão Zema na Cemig: a retirada do ticket, a falta de isonomia no tratamento entre trabalhadores, a falta de boa-fé ao não repassar a contribuição sindical. Nossa luta é, afinal, pelo fechamento do ACT! Por um ACT digno, que cumpra seu papel enquanto fruto de negociação verdadeira.

Enquanto aguardamos o andamento do dissídio, o Sindieletro, o Sintec e o Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora continuam à disposição para outras rodadas de negociação, que podem ser realizadas a qualquer momento e, em caso de acordo, interromper o andamento do dissídio.

O Sindieletro continua buscando o melhor acordo possível para essa imensa e combativa categoria. Mas não vamos aceitar chantagem. Nossos direitos não estão à venda!

 

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