Em ato realizado na Sede da Cemig, na última quinta-feira (23), contra a imposição do fim do trabalho híbrido, o Sindieletro leu em alto e bom som as manifestações da categoria. A indignação é generalizada!
Durante o ato em defesa das negociações de um Acordo Coletivo para o regime híbrido na Cemig, e contra a decisão unilateral da gestão Zema na empresa de acabar com o sistema de atividades remotas, muitos foram os trabalhadores e trabalhadoras que manifestaram insatisfação e indignação. O ato foi realizado pelo Sindieletro no período de 11h às 14h. A posição intransigente dos gestores da empresa de fechar as portarias da Sede para impedir que o Sindieletro conversasse com a categoria eletricitária não inviabilizou a realização do ato, tampouco o diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras.
Na rua, em frente ao edifício-sede, a direção do Sindicato conversou muito com os eletricitários e disponibilizou no local uma urna para a “voz dos trabalhadores”. A urna ficou cheia de mensagens que criticavam o “absurdo” e o “retrocesso” da gestão da empresa de autoritariamente ter decidido pelo fim do trabalho remoto.
Na oportunidade, trabalhadores trouxeram outras denúncias: o alto valor do cardápio da cantina no interior do prédio (“preço de aeroporto”, criticou uma trabalhadora). Outro anúncio por parte da gestão da empresa é a não realização de seleção interna depois de ter gerado expectativas em comunicações que apontavam para acontecer ainda este ano. O Sindieletro estará tratando essas e outras demandas levantadas pela categoria.
Negociação já!
O secretário geral do Sindieletro, Jefferson Silva, destacou que a gestão Zema na Cemig não tem respeito às relações trabalhistas na empresa e acha que pode alterar as condições e o contrato de trabalho de forma deliberada. “Afirmamos para o governador Zema que diga ao presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, que o ano de 2023 começou com mais luta, e que ele não se atreva a insistir na relação autoritária na Cemig, agindo como se esta empresa de grande importância para o estado de Minas Gerais fosse um patrimônio privado”, destacou.
Jefferson Silva revelou que foram cerca de 300 comentários de trabalhadores sobre o comunicado da Cemig que impôs o fim do trabalho híbrido em 3 de abril. Nenhum deles foi favorável à gestão. Apenas gerentes e superintendentes curtiram a mensagem. Ele ressaltou que o Sindieletro cobrou reunião urgente com a gestão da Cemig para estabelecer uma negociação e fechar o Acordo Coletivo do home office, como está previsto na legislação.
Cemig: esse “trem” é nosso!