Diante das inúmeras e graves ameaças ao plano de saúde da categoria eletricitária, o Sindieletro alerta e convoca todos e todas para aderirem a uma grande campanha. Vamos nos unir em defesa da preservação dos direitos de ativos e aposentados perante o risco de calote proposto pela gestão da Cemig.
O Sindieletro tomou todas as medidas judiciais possíveis para garantir a mais ampla proteção à categoria. Contudo, como em outras situações no passado, o que nos deu possibilidades de avanços foram as mobilizações e nossa luta!
Por isso, é necessário que façamos uma imensa corrente de unidade a fim de enfrentar a ganância dos acionistas e do mercado e a irresponsabilidade da gestão de Romeu Zema, que é indiferente à toda a história da Cemig e aos trabalhadores que a construíram. Na reunião da tarde desta sexta-feira (7), após ser frustrada por recentes decisões negativas na Justiça, a gestão da Cemig apresentou uma frágil indicação de negociação.
Logo no início da reunião, o superintendente Brunno Viana deixou claro que o foco da gestão é erradicar o custo pós-emprego (para nós, direitos dos aposentados): “A empresa já se posicionou sobre o tema durante o último ano. A Cemig quer negociar e encerrar o pós-emprego. Encerrar o pós-emprego passa por não arcar mais com o custo do plano de saúde para os aposentados”, disse.
A atual proposta da Cemig significa a exclusão de grande parte dos aposentados. Aqueles que ficarem terão acesso a um plano muito mais caro do que o atual, dispondo apenas de coberturas mínimas da ANS – serão quase 300 procedimentos a menos além de outros direitos cassados, como o reembolso de medicamentos e FCAS.
O diretor do Sindieletro e conselheiro eleito Edvaldo Pereira relembrou que o prejuízo também cai no colo dos ativos: “Não é só custo pós-emprego. A Cemig está alterando o plano para um muito pior. Não só para os aposentados, mas para os ativos também. A Cemig arcará com o custo, mas deixa os ativos com um plano muito ruim em relação ao que temos hoje”, protestou. A promessa de custeio total do plano para os ativos também esconde a retirada do limite mensal para coparticipação. Em caso de um plano com acomodações em apartamento e com cobertura nacional, como é o atual, o ativo deverá arcar com o custo à parte.
Outra questão grave é fixação do preço do plano: o valor estabelecido não será mais proporcional à renda do beneficiário, mas sim um valor fixo por faixa etária, penalizando principalmente os mais idosos.
Questionado pelas diversas entidades presentes na reunião sobre a postura intransigente que a gestão da Cemig adota, Brunno Viana afirmou que apenas há a intenção de negociar um plano de transição para o novo modelo de plano de saúde. No entanto, reafirmou que esta seria “a última tentativa de negociação” sobre o caso.
O Sindieletro mantém sua posição: defendemos a continuidade de um plano a preços acessíveis para todos, ativos e aposentados, com boa qualidade e segurança. É preciso haver negociação de fato com a participação das entidades representativas. Respeitando os direitos, com ideias oriundas de uma construção coletiva realizada dentro de um debate amplo e democrático com a categoria como um todo: atuais e antigos construtores dessa empresa.
A Cemig Saúde é nossa!