Gestão Pimentel quer privatização de usinas e demite mais



Gestão Pimentel quer privatização de usinas e demite mais

Na tarde desta quinta-feira, (9), diversos sindicatos foram convidados pela Cemig a participar de uma reunião para apresentação da nova composição da Diretoria Executiva da estatal e para discutir sobre temas relevantes do contexto atual da empresa.

No encontro, o presidente da Cemig, Bernardo Salomão, comunicou aos sindicatos a pretensão da Cemig de privatizar as usinas de Jaguara, Miranda, Volta Grande e São Simão.

Entretanto, para leiloar os ativos no mercado, a Cemig precisaria de praticamente revogar a PEC 50, proposta de emenda à Constituição de Minas criada durante o governo Itamar, com o apoio do Sindieletro, e que impede que empresas públicas mineiras sejam privatizadas sem a anuência da população, via referendo popular, e sem três quintos de votos na Assembleia Legislativa.

A decisão abrupta da Cemig evidencia a contradição na gestão da empresa. Antes, diziam que a Companhia iria se desfazer apenas de investimentos que não fossem das áreas de geração, transmissão e distribuição de
energia. Agora, colocam na mira da privatização as usinas antes consideradas pela própria empresa como imprescindíveis para o futuro da estatal.

Diante de tais fatos, lembramos que enquanto ainda candidato ao Palácio da Liberdade, foram várias as promessas que Pimentel fez ao povo mineiro e aos trabalhadores. Em especial, aos eletricitários da Cemig,
o governador assumiu publicamente os compromissos de realização de concurso público, reestruturação das relações de trabalho na empresa e valorização da categoria. E mais: Pimentel afirmou que a privatização não teria guarita em sua gestão.

No entanto, passados quase dois anos desde a posse, o cenário na Cemig continua alarmante: demissões, terceirização, nada de concurso público, continuidade da péssima qualidade na prestação de serviços (inclusive colocando em risco a concessão da Cemig D) e, agora, a volta do fantasma da Privatização. Ao que parece, Pimentel está cedendo às pressões de Michel Temer.

Como sempre, reafirmamos que os eletricitários estão preparados e irão à luta em defesa de uma Cemig pública, com empregos e serviços de qualidade, e por uma gestão transparente e democrática.

Esse assunto será debatido profundamente com a categoria e a sociedade. Vamos lutar!

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