Perseguição e transferência forçada tornam clima em Sete Lagos insuportável
A Cemig diz que quer fazer 'para o mundo', mas mantém suas práticas arcaicas quando o assunto é a gestão de pessoas. Coitado do mundo! Veja o que acontece em Sete Lagoas: trabalhadores do Pronto Atendimento de Manutenção (PAM) da Cemig, denunciam o autoritarismo das chefias, que forçam até a transferência de cidade, sem diálogo e sem considerar os prejuízos para os eletricitários.
A pressão, segundo denúncia recebida pelo Sindicato, começa com o gerente da SO/SE, Welington Zakhia, e é reproduzida pelo engenheiro coordenador, Marcio Moreira, e até pelo supervisor. Por causa deste 'estilo gerencial', que não ouve e não considera o que o trabalhador pensa, o clima que já era pesado ficou péssimo em maio. Há um mês foi anunciado que seriam transferidos dois técnicos para o Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, sem conversa ou consentimento dos trabalhadores.
A transferência forçada é tão ruim para o técnico que vai embora, após 20 anos de Pam, e que agora terá que fazer um deslocamento demorado e perigoso, quanto para o trabalhador que fica. A redução da equipe foi decretada no momento de grande demanda, gerada pela ampliação de duas novas subestações e das manutenções programadas, o que provocará prejuízos também para a população de Sete Lagoas e região.
Com a transferência confirmada, não haverá o trabalho noturno e nem a escala antes praticada. Pela nova operação, eletricitários irão trabalhar em outras escalas, com menos folga e sem horário noturno. Está todo mundo indignado com a injustiça e com a ameaça de nova transferência, pois a mudança de cidade afeta a rotina, o convívio com família e até a saúde do trabalhador.
A alegação dos chefes de que as transferências seguem requisitos como advertência e multa de trânsito recebida pelos técnicos, além de configurar perseguição, não convence os trabalhadores do Pam já que os transferidos são considerados excelentes profissionais. Para o Sindieletro este é mais um caso de perseguição política contra a organização dos trabalhadores.