O Sindieletro recebeu a denúncia de que a situação dos trabalhadores da Gasmig continua muito ruim. Enquanto alega motivação financeira para cortar a verba de R$ 30 para almoço dos trabalhadores que realizam obras e serviços no interior, a diretoria administrativa autoriza a compra de um automóvel de R$ 90 mil para uso exclusivo do diretor-presidente, que perdeu o cargo que acumulava de diretor de gás da Cemig.
A subserviência da diretoria às ideias de uma consultoria externa que só esmaga o trabalhador também preocupa. Há denúncia de que, enquanto agem como se a única regra válida para a Gasmig fosse o lucro, vigiando cada minuto da folha de ponto dos trabalhadores e cortando verbas até de cursos de treinamento, a estatal pratica favorecimentos como a contratação de familiares dos assessores da presidência.
Nesse cenário de autoritarismo e privilégios, a categoria já concluiu que a diretriz da Gasmig hoje é a mesma da época do PSDB. Prova definitiva disso é que a atual diretora-financeira e o diretor-comercial da Gasmig defenderam energicamente a privatização da companhia em 2014, deixando trabalhadores intrigados sobre os critérios adotados para a composição da diretoria pelo governo Pimentel, que se dizia democrático e popular.
O sentimento dos empregados é que tudo continua mal e há trabalhador com medo de um possível PCR que está por vir de cima para baixo, sem debate. “O nosso sentimento hoje é de abandono, principalmente por parte da Cemig que é a verdadeira dona da Gasmig. Pegaram a subsidiária com o clima organizacional muito ruim e não conseguiram reverter a situação por pura inabilidade", resume um trabalhador.