Na última quinta-feira (12), foi registrado no Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas de Belo Horizonte um estatuto modificado da operadora de autogestão Cemig Saúde. As modificações solicitadas e implementadas pelas patrocinadoras ignoram toda a relação contratual que deu origem à Cemig Saúde.
Dentre as alterações consolidadas, a mais vergonhosa e antidemocrática, além de desrespeitosa com os princípios da boa fé e respeito aos acordos firmados, é o famigerado voto de qualidade, mais conhecido como voto de minerva, que praticamente anula a representação dos eleitos no Conselho Deliberativo da Cemig Saúde, dando à Cemig o poder de fazer o que bem entender dentro da operadora de saúde.
Para se ter ideia da gravidade dessa situação, basta relembrarmos matérias do passado que foram derrotadas graças à atuação dos conselheiros eleitos. A tomada de poder por parte da gestão da Cemig num órgão paritário, como o Conselho Deliberativo, traz perspectivas catastróficas para os beneficiários, que terão seu destino definido pela vontade da Cemig.
Nós, beneficiários, temos direitos contratuais assegurados e uma importante participação financeira na sustentação deste plano. Em vários momentos, nossa participação é até maior do que os valores colocados pelas patrocinadoras. Apesar das várias derrotas acumuladas pela gestão da Cemig neste intuito perverso de destruir a Cemig Saúde, os indiciados da CPI não desistem de suas armações imorais contra o povo mineiro. O Sindieletro e outras entidades já estão providenciando as respostas em todos os campos possíveis para enfrentar esses usurpadores de direitos, principalmente junto ao Judiciário.
Essa é uma grande lição para nós, trabalhadoras e trabalhadores, que sempre confiamos na lisura e no respeito aos acordos firmados com os donos do capital. Essa é a prova do quão desleais e indignos da nossa confiança e do nosso respeito eles são. Não vão calar nossa voz! Não vão retirar nossos direitos! A Cemig Saúde é Nossa!