Nas últimas semanas, o Sindieletro recebeu diversas denúncias de que eletricitários e eletricitárias foram convidados para atuar na Sala de Controle do Centro de Operação da Distribuição (COD), num processo classificado pela gestão da Cemig como sendo de “mobilidade em caráter emergencial”. O problema é que apenas alguns trabalhadores (as) foram contemplados com o convite.
Ao que tudo indica, a gestão da empresa definiu, à revelia e de forma restriva, um determinado perfil para atuação no COD, restringindo a participação de todos os eletricitários (as) no processo. Indignados, vários eletricistas procuraram diretores do Sindicato porque não puderam – ou não deixaram que pudessem – participar da seleção.
Um eletricista afirma, pelo Whatsapp do Sindieletro, que tem interesse na vaga, “mas estão barrando quem tem ação na Justiça, pelo que entendi. Estão chamando o pessoal do último concurso, mas não estão dando oportunidade para quem tem interesse, assim como eu”.
Outro eletricitário afirma que possui todas as características necessárias para concorrer ao cargo, mas não recebeu a chance: “Aqui no meu local de trabalho apenas uma pessoa foi chamada. Eu pago o CREA desde 2008 para esse momento. Trezentos reais todo ano. Fico de gestor de tela, tenho todos os atributos para assumir uma sala de controle. Por que eu não fui chamado?”, questiona.
De acordo com informações preliminares apuradas pelo Sindieletro, o tal perfil foi traçado pela Superintendência de Recursos Humanos, nos mesmos moldes que sempre foram criticados pela categoria o pelo Sindicato: sem transparência, diálogo ou definição de critérios objetivos.
Em email enviado a um dos trabalhadores convidados para a seleção, a mensagem, assinada pela Equipe de Provimento de Pessoal RH/PR, informa que estão sendo ofertadas 29 vagas para Técnico de Supervisão e Controle do Sistema do Sistema Elétrico Distribuição I. No corpo do email, são relatados os valores de salário e gratificações. Em anexo, um currículo em branco para caso o candidato se interesse pela vaga. A segunda etapa para preenchimento da vaga é uma entrevista a ser realizada na OP/CO.
Cobramos, desde já, explicações sobre o processo restritivo e que TODOS os interessados possam participar da seleção. Mobilidade, como sempre defendemos, DEVE ser um processo amplo, democrático, transparente e inclusivo!