Gerente não cumpre promessa de diálogo no Jatobá

Em março de 2012, o gerente de Logística e Administração de Material, Wander José Eustáquio de Oliveira Júnior, prometeu, em entrevista ao Chave Geral 700, que os trabalhadores seriam ouvidos no processo de transferência da Cemig do Jatobá para outros locais da empresa. Porém, mais de um ano se passou e a realidade no Jatobá, hoje, segundo os trabalhadores, mostra que o gerente não cumpriu a sua palavra. Pelo contrário, as transferências de pessoal do Centro de Distribuição de Material do Jatobá se intensificaram e estão sendo feitas de forma unilateral e autoritária, sem qualquer diálogo.

Já naquela época os trabalhadores denunciavam um ambiente de trabalho intranqüilo, pesado, tenso, devido às transferências no setor de logística para o Centro de Distribuição Avançado de Igarapé. Hoje, os eletricitários do Jatobá voltaram a procurar o Sindieletro para denunciar que o gerente Wander José Eustáquio de Oliveira Júnior “está obrigando” os funcionários a saírem do Jatobá, agora não só para Igarapé, mas para vários locais.

Eles informaram que mais de 20 pessoas já foram transferidas, algumas para Igarapé e outras para o Anel Rodoviário, Itambé, Quarteirão 14, Curvelo e São Gabriel, entre outros locais. “Ninguém aqui foi ouvido. Não há diálogo, só chicote. Tudo vai ser entregue a um operador logístico”, disse um trabalhador, confirmado por outros colegas.

Desde que as transferências começaram, o Sindieletro vem cobrando da Cemig e do próprio gerente uma relação de diálogo com os trabalhadores. “Cobramos que todas as medidas que envolvam os eletricitários sejam discutidas com eles, considerando a vontade deles. Mas a cada dia que passa, os gestores da Cemig se mostram mais autoritários. Eles adotam a mesma política do governo do Estado, de não dialogar e tampouco negociar seus direitos. No governo e na Cemig, trabalhadores não têm vez”, afirma o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho.