Nesta sexta-feira (21/1), a greve dos funcionários de Furnas, Cepel e da holding da Eletrobras entra em seu quinto dia de luta por um plano de saúde justo e o movimento deverá se se expandir para as demais subsidiárias do grupo Eletrobras na próxima semana.
De acordo com Fernando Pereira, secretário de energia da FNU e membro do Coletivo Nacional do Eletricitários, o movimento de greve no grupo está se intensificando. Para ele, quando a alteração nos custos do plano de saúde foi decidida, a resolução que a balizava, a CGPar 23, ainda valia e abrangia todas as estatais. Mas a partir do momento em que ela foi derrubada no Congresso, a Eletrobras insistiu em cobrar o percentual de 40%.
O sindicalista é mais um a criticar a falta de diálogo com a direção da estatal e o presidente Rodrigo Limp. Segundo Pereira, desde que assumiu o cargo, em maio de 2021, o executivo ainda não se reuniu com os funcionários da empresa. “Já solicitamos reuniões diversas vezes, mas ele nos ignora”, revela.
Greve na Eletronorte a partir de segunda-feira
Os funcionários da Eletronorte da base Brasília, aprovaram durante assembleia, na quarta (20/1) entrar em greve a partir da zero hora do dia 24 de janeiro. A greve teve 84% de aprovação. O movimento grevista tem como objetivo barrar alterações nos planos de saúde dos eletricitários, assegurar uma resposta ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados dos anos de 2017 (Eletronorte), 2018 e 2021 (ambas da Eletrobras), por isonomia salarial (7 steps Amazonas), por melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas, contra a diminuição do valor diárias de viagem e devido a ausência de testes de Covid na empresa.
Trabalhadores votam pela paralisação dia 24
No mesmo dia 24, às 9h, será a vez dos funcionários da Chesf votarem pela paralisação por tempo indeterminado. A Assembleia será em frente à sede da empresa, em Recife (PE).
Furnas
A greve dos(as) trabalhadores(as) do Sistema Furnas entra en seu quinto dia com adesão maciça e muita resistência contra a arbitrariedade da direção da empresa que, de forma unilateral, impõe aumento abusivo de 40% no plano de saúde, tornando-o inacessível, para além de outras retiradas de direitos.
De forma resistente, sindicatos e trabalhadores(as) vencem a pressão e assédio da direção da empresa e vão conquistando vitórias. O TST – Tribunal Superior do Trabalho – negou, em 19/1, provimento ao recurso de Furnas no dissídio da greve.
A FNU e CNU apoiam o movimento dos(as) trabalhadores(as) e seus sindicatos que lideram a mobilização, assim como repudiam a perseguição da empresa a um movimento legítimo.
A greve é um justo instrumento de pressão coletiva e é inadmissível que a direção da empresa e suas gerências, de forma autoritária e coercitiva, ameace os(as) trabalhadores(as) que aderem a luta em defesa de seus direitos.
A hora é de seguirmos unidos, solidários e no apoio ao movimento grevista. Resistência na luta, até a vitória!
Os sindicatos comunicam que os serviços essenciais, previstos na lei de greve, e indispensáveis ao atendimento das necessidades INADIÁVEIS à população, estão sendo cumpridos com 100% do contingente da operação da empresa.
Fonte: FNU/CUT