Frente Mineira em Defesa da Cemig já está em Brasília para reuniões



Frente Mineira em Defesa da Cemig já está em Brasília para reuniões

Várias ações estão sendo tomadas pela Frente e uma delas será a ida em Brasilia nesta terça-feira, dia 08. Foram agendadas reuniões com o ministro do STF, Dias Toffol, com ministros do TCU e com a Frente Parlamanetar da Câmara em Defesa do Setor Elétrico. A Frente vai discutir e cobrar apoio à luta contra a privatização da Cemig

Apesar do leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande ter sido suspenso, a Frente Mineira de Defesa da Cemig, criada no último dia 24, decidiu ampliar as ações de mobilização pela manutenção do patrimônio da empresa nas mãos da população de Minas. Na segunda-feira, 31, houve nova reunião da Frente e foram anunciadas novas adesões de lideranças e mais ações na luta contra a venda das hidrelétricas da Cemig.

Na avaliação da Frente, a decisão de suspensão do leilão foi por medida cautelar do TCU (Tribunal de Contas da União). Portanto, não é uma deliberação definitiva e a vitória foi parcial para os cidadãos mineiros. O TCU determinou a suspensão até que a Aneel realize revisão nos custos e impactos do leilão.

Participaram da reunião, além de lideranças do Sindieletro e do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), vários parlamentares, entre eles, o deputado estadual Rogério Correa e a deputada federal, Jô Morais (PCdoB), e também representantes da Cemig, do Ministério Público, da Advocacia Geral do Estado e do governo de Minas, entre outros.

Dentro da própria Frente foi criada a Frente Parlamentar em Defesa da Cemig, com objetivo de fazer interlocução no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal (STF) e Ministério das Minas e Energia para apoiar à luta em defesa da Cemig.

A deputada Jô Morais ficou de apresentar à Câmara proposta de decreto parlamentar para impedir o leilão das usinas, além de, com o deputado Rogério Correia, agendar reuniões com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e com o ministro do STF relator da ação movida pela Cemig para garantir o controle de suas usinas, Dias Toffoli.

Ato, audiência, abaixo-assinado e plenária em Brasília


A Frente confirmou a realização de plenária no Congresso Nacional amanhã, dia 08 de agosto, para cobrar dos deputados e senadores o apoio à luta em defesa da Cemig. Estão agendadas reuniões com deputados e senadores e também com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. É Toffoli que cuida da ação movida pela Cemig para barrar o leilão de venda das usinas.

Foi mantido o grande ato em defesa da Cemig na usina de São Simão, no Triângulo Mineiro, no dia 18 de agosto. O Sindieletro vai organizar caravanas que sairão de diversas cidades do Estado para protestar em São Simão. Durante o ato, será realizada uma audiência pública sobre o leilão.

Ficou ainda mantido o abaixo-assinado em defesa das usinas, sob a coordenação do Sindieletro. Uma Carta Aberta à população será divulgada, com assinaturas de lideranças da Frente, de senadores, deputados, prefeitos, vereadores e Fiemg, entre outros.

Sindieletro diz que decisão é frágil e luta principal é contra a privatização

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, e o membro da coordenação nacional do MAB, Joceli Andrioli, destacaram a fragilidade da decisão de suspensão do leilão. Segundo eles, além da decisão poder ser derrubada a qualquer momento, permanece a ameaça de privatização das usinas.

“A suspensão do leilão foi uma vitória parcial do povo mineiro, a luta contra a privatização continua e deve ser ampliada. Temos uma agenda de mobilizações e vamos mantê-la, levando para a sociedade o risco e os prejuízos da privatização das hidrelétricas. O primeiro impacto será a alta do preço das tarifas de energia, a população precisa saber de todas as conseqüências do leilão”, destacou Jefferson Silva.

Segundo Joceli Andrioli, a Frente precisa ficar atenta à condução das negociações para manter as usinas com a Cemig, cobrando que medidas sejam tomadas para impedir a privatização. “Nossa luta contra a privatização tem que se pautar, principalmente, pela garantia de ganhos para a população e não para a especulação financeira. São hidrelétricas já amortizadas e pertencem ao povo mineiro”, afirmou.

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