Forum Social Mundial tem pautas do movimento sindical



Forum Social Mundial tem pautas do movimento sindical

A sociedade civil mundial está reunida virtualmente, desde sábado (23),  até 31 de janeiro, com o desejo de dar respostas aos urgentes desafios colocados pela atual conjuntura global no “Fórum Social Mundial 2021 (FSM2021) – 20 anos, Um Outro Mundo é Possível”. 

A participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) estará centralizada na discussão sobre os impactos da pandemia no Brasil, além de intensificar o debate pelo Fora Bolsonaro e o fim de um governo genocida, de um novo contrato social com trabalho decente no pós-pandemia e vacina gratuita já para todos e todas.

A afirmação foi feita pelo Diretor Executivo da CUT e representante da Central no Conselho Internacional do FSM2021, Rogério Pantoja, que comemora a realização do encontro e a resiliência dos organizadores em se inovar e organizar virtualmente uma atividade tão desafiadora.

Segundo o dirigente, a Central quer levar as principais pautas CUTistas a partir deste momento que o país vive. Para ele, essas pautas precisam ser debatidas e socializadas, a partir das suas perspectivas. O objetivo é levar este debate para as 6.000 pessoas e as 700 organizações de todos os setores da sociedade e de várias partes do mundo que já se inscreveram para participar do evento, que completa 20 anos em 2021.

“O mundo do trabalho já estava mudando antes da pandemia, o que intensificou e acelerou as transformações, e precisamos debater quais serão os impactos disso tudo no pós crise sanitária e apontar para qual emprego e modo de trabalho queremos. A CSA e a CSI, que são duas grandes centrais sindicais internacionais, contribuirão com o nosso debate e serão essenciais para o rumo da luta, porque o que acontece nacionalmente também impacta o mundo”, afirma Pantoja.

O dirigente também destaca que o debate da vacina em massa gratuita já é essencial para proteger vidas e empregos e que a denúncia do governo Bolsonaro genocida aos povos será fundamental para ganhar apoio e comoção mundial para a campanha Fora Bolsonaro, que será lançada oficialmente no FSM2021.

“Sabemos da importância e do protagonismo da CUT e os nossos debates vão ecoar em todos os cantos do mundo. E além disso, esta atividade vai ser como recarregar nossa energia para um ano de 2021 que será difícil, mas com a certeza de que nós trabalhadores vamos resistir porque a gente ainda acredita que um outro mundo é possível”, ressaltou Pantoja.

Programação

Uma grande Marcha Virtual pela democracia, pela dignidade humana e pelo nosso futuro no planeta aconteceu no primeiro dia da atividade, com Vídeos de organizações, testemunhos de ativistas de todo o mundo.

Houve ainda no primeiro dia o Painel Global de Abertura, com a participação de importantes ativistas sociais e políticos dos cinco continentes, entre eles o ex-presidente Lula, Aminata Dramane Traoré, Leila Khaled, Ashish Kothari, Miriam Miranda e Yanis Varoufakis.

Serão realizados importantes painéis de debates em cada um dos nove espaços temáticos do FSM virtual: paz e guerra; justiça econômica; educação, comunicação e cultura; sociedade e diversidade; povos originários; justiça social e democracia; clima, ecologia e meio ambiente. Veja o programa geral do FSM e a programação da participação da CUT no FSM.  Confederações, federações, sindicatos e as secretarias da CUT também organizaram atividades  e debates dentro do Fórum.

A Secretaria de Relações Internacionais da CUT, em conjunto com a Confederação Sindical Internacional (CSI), começou no dia 24 as atividades da Tenda Sindical, com os temas Luta Sindical pela Paz na América Latina, Um Novo Contrato Social, Como Sair da Crise e Transição Justa por Justiça Social e Climática. [saiba abaixo como acompanhar cada uma delas]

No dia 28, o Secretário-Adjunto de Relações Internacionais da CUT, Quintino Marques Severo, representará a Central no debate do “Fora Bolsonaro genocida”, organizado pelas Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo. Segundo ele, a participação será concentrada nas questões trabalhistas e sua relação coma democracia e Fora Bolsonaro.

“Os ataques de Bolsonaro à legislação trabalhista são também ataques contra a democracia, porque ele trabalha fortemente para individualizar as relações de trabalho e impedir a organização coletiva de trabalho. Este governo aproveitou a pandemia e piorou ainda mais as relações de trabalho, acabando com as possibilidades da classe trabalhadora reduzindo direitos. Bolsonaro despreza a democracia e os trabalhadores, assim como ele faz com a vida da população e por isso que somos todos Fora Bolsonaro”, afirmou.

Em 30 de janeiro, as assembleias autogestionadas dos movimentos sociais consolidarão uma agenda para a convergência de suas lutas. E no último dia (31), acontecerá a Ágora dos Futuros - um momento crucial para compartilhar com o público suas iniciativas e construir um calendário de ações a serem realizadas até a próxima edição do FSM que acontecerá no México pós-pandemia.

“Depois de 20 anos a CUT ainda acredita que outro mundo é possível e a luta dos trabalhadores é fundamental neste processo. E nós entendemos que é nosso papel levar estes debates para os trabalhadores de todos os continentes para discutir estratégia para a defesa do emprego e do trabalho que também é um debate que vai nortear nossas discussões”, finalizou Pantoja.

Atividades da Tenda Sindical Internacional

 

Dia 26, às 11h.: Um Novo Contrato Social

O movimento sindical global defende um novo contrato social pós pandemia para garantir a recuperação e resiliência, em acordo com a Declaração do Centenário da Organização Internacional do Trabalho.

Participe, acesse o link: https://join.wsf2021.net/?q=pt-pt/activities/5460

Dia 28, às 12h15: Como Sair da Crise 

Debate aberto entre sindicatos de vários continentes compartilhando prioridades e propostas para proteger e estender direitos trabalhistas a toda classe trabalhadora sem distinção de gênero, cidadania etc.

https://join.wsf2021.net/activities/5473

Dia 29, às 10h: Transição Justa por Justiça Social e Climática

Sindicatos de todo o mundo demandam “Transição Justa”, ou seja, a inclusão de justiça social no debate climático.  Embora conste do Acordo de Paris e muitos países tenham prometido implementar medidas e políticas, os resultados têm sido insuficientes.  As emissões ainda estão aumentando, grandes grupos da sociedade no Sul e no Norte Globais estão vivendo o impacto da emergência climática, empresas e governos estão falando sobre mudanças climáticas, mas não fazendo o suficiente.  Como o movimento sindical pode lidar com a desigualdade e a injustiça social?  Diferentes ferramentas e estratégias serão discutidas com líderes do movimento sindical e outros.

https://join.wsf2021.net/activities/5473

Fonte: CUT

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