O governo do presidente Jair Bolsonaro anuncia nesta 4ª feira (21.ago.2019) uma lista de 17 empresas estatais que serão privatizadas. O Drive Premium –newsletter exclusiva para assinantes produzida pela equipe do Poder360– antecipou quais serão.
Eis a lista das 17 empresas:
Emgea (Empresa Gestora de Ativos);
ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);
Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);
Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);
Casa da Moeda;
Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);
Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);
CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);
Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);
Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);
EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);
Telebras
Correios
Eletrobras
Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);
Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).
O governo deve anunciar detalhes das vendas em entrevista a jornalistas nesta 4ª feira (21.ago). Ainda não há informações, por exemplo, sobre quando as privatizações serão concluídas ou qual é a expectativa de faturamento do Executivo.
Além da privatização, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ainda pode avaliar outras alternativas para enxugar a máquina –como fundir, reorganizar, transferir ou até extinguir essas empresas.
Na semana passada, ao lado do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, o ministro Paulo Guedes (Economia) já havia mencionado a intenção de vender os Correios e a Eletrobras.
No mesmo evento em que mencionou as duas empresas, Guedes disse que queria incluir empresas de maior porte na lista. Afirmou ainda que o seu trabalho “é tentar vender todas as estatais”.
“Estamos começando devagar nas privatizações, mas já sabemos que vamos privatizar os Correios, vamos privatizar a Eletrobras. Eu não duvido que a gente vai privatizar algumas coisas maiores, viu, Castello?”, disse o chefe da pasta de Economia na ocasião.
O modelo neliberal
Por que esse modelo importa? Porque é uma demonstração da equipe econômica sobre sua intenção de aprofundar o modelo liberal na administração de Jair Bolsonaro. O próprio presidente tem pressionado, o Drive apurou e já noticiou antes, para que seja vendida uma estatal “por semana” pelo menos. Obviamente essa meta é inatingível, mas o anúncio desta 4ª feira sinaliza com clareza a direção que será seguida.
A lista de 17 empresas –o número eleitoral do PSL e de Bolsonaro na urna eletrônica– será uma mensagem do governo para os agentes econômicos e financeiros: a saída que o governo enxerga é pelo capitalismo e sem a adoção de medidas heterodoxas.
Fonte: Poder360