Fechamento de localidades: ruim para os trabalhadores e para os mineiros

Apesar do governador Romeu Zema não responder ao pedido de audiência feito pelo Sindieletro para tratar dos temas de interesse da categoria, é importante que ele saiba:

A gestão da Cemig já propôs fechar todas as localidades duas vezes. Na época, o Sindieletro debateu com a gestão da empresa, problematizou suas consequências e conseguiu reverter essas medidas. Agora, um novo anúncio de fechamento das localidades volta a ser tema de preocupação para trabalhadores e sindicato.

O atual governo precisa entender sobre a importância estratégica das localidades para o Estado e o povo mineiro:

1) O fim das localidades aumenta o tempo de indisponibilidade de energia elétrica para seus consumidores, impondo maior distância no deslocamento dos eletricistas e, assim, demora na manutenção da rede e no restabelecimento de energia. 

2) Produtores rurais perdem leite e frutas que dependem de refrigeração, aves morrem por falta de aquecimento.
 
3) Com a demora da manutenção, a população fica exposta por mais tempo ao risco de choque elétrico, como em casos que já ocorreram, onde houve o rompimento do cabo e o sistema de proteção não atuou, mantendo-o energizado no solo.

4) Com maiores distâncias a percorrer, os eletricistas terão mais risco de acidente de trânsito. Segundo relato dos próprios trabalhadores, essa transferência das localidades para cidades pólo aumentaria em mais de 200km o percurso até as cidades mais distantes a serem atendidas.

5) A demora do restabelecimento impacta também no DEC, medido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em relação ao tempo de indisponibilidade de energia elétrica aos consumidores. Lembrando: o não cumprimento da meta da ANEEL, por dois anos consecutivos, resulta na perda da concessão, com venda direta da distribuidora ao mercado.

É importante o governador eleito dialogar com o Sindieletro e trabalhadores da Cemig para, juntos, refletirem sobre as melhores tomadas de decisão.

O Sindieletro sempre esteve aberto ao diálogo, buscando a preservação da empresa e a manutenção da sua importância para o desenvolvimento do Estado, respeitando os trabalhadores e seus consumidores!