Falência do PSI pode estar próxima!



Falência do PSI pode estar próxima!

Era quase noite do dia de ontem, 08/02/2024, quando se encerrou a primeira reunião do Conselho Deliberativo da Cemig Saúde deste ano. O Conselho promoveu uma das mais graves decisões na história do PSI (Prosaúde Integrado) desde a sua fundação, com possíveis efeitos nefastos em pouco mais de 3 anos, com a possibilidade de inviabilizar a assistência à saúde para um número significante de beneficiários, se não o for para todos.

A iniciativa desleal com os beneficiários, eivada de todo o tipo de reprovação ética e conflituosa com os interesses da Cemig Saúde, é fruto de mais uma das construções insanas do atual presidente da operadora, ex-empregado da Cemig e que agora ocupa o cargo por seus “sujos serviços” prestados às patrocinadoras.

O último ato não poderia ter alcançado êxito se também não tivesse a ação dos conselheiros indicados pelas patrocinadoras, sob o comando do presidente do Conselho Deliberativo, Túlio Randazzo. Eles parecem não estar nem aí para as consequências futuras nos seus CPFs pelos atos praticados no presente.

O que a Cemig Saúde propagandeia no seu portal como reajuste negativo, dando-se uma ideia de possível benefício para os beneficiários, nada mais é do que uma armadilha que tem o único objetivo de trazer resultados positivos à gestão Zema neste momento, mas que acumulará desequilíbrios econômico-financeiros para a Cemig Saúde. Desequilíbrios que, em futuro próximo, serão despejados nas costas dos beneficiários que, por menor capacidade econômica, muitos não suportarão os altos aumentos nas mensalidades de custeio e terão que abandonar o PSI.

A estratégia da Cemig, patrocinada por seus representantes na operadora de saúde, é esvaziar o PSI, do qual possui obrigação no particionamento dos custos em torno de 50% e dela não conseguiu se livrar nas várias ações truculentas que tomou ao longo dos últimos anos. Inclusive, foi aos tribunais solicitar um reconhecimento judicial ao calote pretendido aos trabalhadores aposentados.

A decisão da última quinta-feira consome todo o saldo dos quase 500 milhões de reais que a Cemig Saúde possui, fruto, em grande parte, dos sacrifícios dos beneficiários, que tiveram vários direitos retirados nos últimos anos. Como, por exemplo, a diminuição de procedimentos, precarização na rede conveniada e alteração no sistema de reembolso de medicamentos, restringido aos genéricos e sem reembolso dos manipulados, entre outros direitos retirados.

Todo esse caixa acumulado, que poderia ser utilizado para a melhoria da Cemig Saúde e garantir a sua perenidade, será consumido em torno de 3 anos. Após isto, as previsões são as mais nefastas possíveis para os beneficiários, com possíveis aumentos volumosos nas mensalidades, que deixarão muita gente sem acesso a uma assistência à saúde de qualidade, por incapacidade de suportar tais dispêndios.

As mudanças ocorridas na Cemig Saúde não têm nenhuma coerência técnica. São alterações unilaterais, feitas sem a aprovação dos representantes eleitos pelos beneficiários e viabilizadas graças ao voto de minerva, instituído de forma irregular e autoritária graças às iniciativas desastrosas do atual presidente da Cemig Saúde e seus comparsas na diretoria da Cemig, como Hudson Félix e Bernardo Ramos. Estes, integrantes de peso da cúpula da gestão que tem destruído a Cemig para entregar ao mercado.
As entidades representativas estarão tomando todas as medidas junto à ANS, ao Judiciário e demais órgãos públicos a fim de preservar a Cemig Saúde para os seus beneficiários.

A união de entidades e destinatários dos serviços da Cemig Saúde neste momento é muito importante para se construir a resistência ao governo do estado e seus mandatários na Cemig e na “operadora da saúde” dos eletricitários mineiros.

Converse com seu companheiro ativo ou aposentado e esclareça o que está acontecendo, compartilhe essas informações, faça sua crítica nas redes sociais e fique atento aos chamados das entidades representativas para mobilizar em defesa do direito a uma saúde digna, conquistado com bravas lutas da categoria eletricitária ao longo de décadas.

 

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