Escárnio: juízes não ganham “em excesso”, diz Cármen Lúcia



Escárnio: juízes não ganham “em excesso”, diz Cármen Lúcia

Na última sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Cármen Lúcia, que também se despede da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) este mês, afirmou que os juízes recebem salários justos.

O salário justo a que a ministra se refere é o teto do funcionalismo público que hoje é de R$ 33,7 mil. Com o abono de permanência, adicional de R$ 3.713,93, pago mensalmente aos servidores que já podem se aposentar, como Rosa Weber, a própria Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e outros, o salário mensal, sem contar benefícios como auxílio-moradia, ultrapassa os R$ 37 mil.

Com o reajuste de 16,38% que os ministros do Supremo decidiram se dar a partir de 2019, o salário justo será de R$ 39,3 mil, fora os adicionais.

Mas, para Cármen Lúcia, o que aumentou foi “a transparência” que possibilitou a toda cidadão ter acesso aos salários. Mesmo assim, ela foi contra o reajuste de mais de 16% que precisa ser aprovado pelo Legislativo.

“No que se diz que juízes ganham em excesso, não ganham. E está aí a comprovação pela transferência que foi dada às informações sobre as remunerações de todos nós brasileiros de forma permanente”, afirmou ela, em referência à iniciativa por meio da qual o CNJ mantém em seu portal as planilhas com os vencimentos dos magistrados em todos os tribunais do país.

Na quinta-feira (13), Cármen Lúcia será substituída pelo ministro Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

CUT Nacional com apoio da Agência Brasil

 

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