O presidente da Cemig, Mauro Borges, assegurou nesta quarta, durante reunião com membros da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a viabilização do projeto para produção de energia solar no Norte de Minas. Borges garantiu que, até o ano que vem, já haverá condições de participar um leilão para explorar a fonte solar na região, uma das maiores áreas de insolação do país.
Para isso, a Cemig terá de desenvolver um projeto minucioso, que garanta a potencialidade energética. “É preciso haver a estruturação do espaço físico. Uma vez que a gente consiga avançar, principalmente na questão ambiental, conseguimos ter garantias de que a participação num leilão no ano que vem seja viável”, afirmou Borges.
O deputado estadual Gil Pereira, que preside a comissão, garantiu que já existem muitos interessados na exploração da energia solar no Norte mineiro. “Inclusive, há estrangeiros com interesse em produzir a energia solar, o que é muito importante para o desenvolvimento do econômico e social da região”, disse.
A reivindicação levada pela comissão é que a Renova, companhia brasileira de geração de energia elétrica renovável com atuação em matrizes eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e solar, participe de leilões que envolvem sítios em Minas Gerais. A Renova já possui parque eólico e solar no Sul da Bahia. “(A proposta) É plenamente factível, uma vez que esse parque solar e eólico que nós temos no Sul da Bahia é contido na área do Norte de Minas”, apontou o presidente da Cemig.
Outra demanda levada por Gil Pereira foi em relação à extensão do gasoduto de Uberaba para Montes Claros. O empreendimento, que vai atender à planta de amônia no Triângulo Mineiro, deve ser concluído até o final do ano que vem. Mauro Borges afirmou que essa possibilidade dependerá da produção de gás na bacia do São Francisco. “Se, de fato, os lotes que temos de gás na bacia se mostrarem viáveis do ponto de vista econômico e financeiro, podemos ter um traçado diferente de simplesmente do gasoduto atual, que vai até Sete Lagoas, de ir para Curvelo e, eventualmente, ir para Montes Claros”, avaliou.
O presidente da Cemig criticou ainda o fato de Minas não produzir gás até os dias atuais, o que impede o avanço da industrialização no Estado. “Isso é um grande entrave para a industrialização de Minas. É inacreditável estarmos no século XXI e termos um Estado que não tem gás disponível para sua industrialização. Isso é um fato estarrecedor, preocupante, mas temos meios de enfrenta-los”, afirmou.
Fonte: O Tempo