Energia



Energia

Admirador do economista austríaco Joseph Schumpter, o também economista Mauro Borges, presidente da Cemig há pouco mais de cinco meses, antevê um melhor preço da energia elétrica para o consumidor dentro de cinco anos. “O preço do setor elétrico é estrutural, então, quando eu digo que a energia vai ser de R$ 155 o MWh, esse é um preço do mercado regulado, que vai para o consumidor, então, o preço para ele também vai ser isso”, contou o executivo, durante o Conexão Empresarial, evento da VB Comunicação ocorrido no Tauá Grande Hotel de Araxá.

A cifra de R$ 155 o MWh a que Borges se referiu é baseada em contratos de entrega de energia pela Cemig daqui a cinco anos. Um deles é de um leilão da Agência Nacional de Energias Elétrica (Aneel), o A-5 para uma nova usina hidrelétrica (Itaocara) de 200 MWh no Rio de Janeiro. Ela será entregue dentro de cinco anos. A Cemig ganhou o leilão e o preço de referência é de R$ 155 o MWh – no mercado spot, com entrega imediata, o custo é de R$ 231,55 o MWh na região Sudeste, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Crise hídrica. Outro motivo para a conta de luz abaixar está baseado na crise hídrica, ou no fim dela. De acordo com Borges, a crise hídrica foi muito forte, e estamos vivendo um ciclo de 60 anos que está se repetindo. “Tivemos uma seca muito parecida a essa em que estamos em 1951 e 1954 com o fenômeno El Niño no Pacífico e uma restrição hídrica, principalmente, no Sudeste brasileiro. E isso aconteceu no início dos anos 50, independente do problema ambiental e da camada de ozônio”, explicou o executivo. Agora, Borges acredita que vamos retomar um regime de chuva mais regular.

Com receita líquida consolidada de R$ 19,5 bilhões em 2014, Borges disse que a Cemig será um dos principais players e líder de mercado nos próximos 30 anos. “A Cemig está muito organizada”.

A concessionária também será uma das grandes compradoras do mercado. “A estatal está preparada para isso”, revelou. Por isso, como a Cemig tem muitas empresas privadas no grupo, Borges informou que haverá uma ampliação em todos os quadros. Atualmente, são 8.000 funcionários diretos e outros 16 mil terceirizados. “Vamos ampliar a geração hidráulica, já somos muito fortes em renovável e vamos ampliar mais”, revelou. No Norte do país, a Cemig também pretende aumentar sua presença.

Dow Jones

Índice.Há 15 anos consecutivos a Cemig permanece no Índice Dow Jones de Sustentabilidade criado em 1999. A composição do índice da Bolsa de Nova York reúne 319 empresas de 26 países.

Geração terá novos leilões

O presidente da Cemig, Mauro Borges, informa que o momento é de oportunidades. A partir do segundo semestre, haverá um amplo processo de consolidação no setor. “Há muitos ativos na geração de energia. Só na Petrobras, os ativos das térmicas são o equivalente a R$ 20 bilhões com 7 gigawatts de geração”, conta. E a Petrobras , segundo ele, vai se desfazer desses ativos ou vai querer participar da estrutura societária. “Mas ela vai colocá-los no mercado”.

Formação

O presidente da Cemig, Mauro Borges, é doutor em economia pela Universidade de Londres, na Inglaterra, com pós-doutorado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e na Universidade de Paris, na França.
- Cargo antes da Cemig: de fevereiro a dezembro de 2014, ele foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Fonte: O Tempo

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