O deputado federal José Nelto (Podemos) requereu ao Banco Central e Ministério da Economia dados acerca dos dividendos da empresa Enel. O parlamentar acredita que a empresa tenha enviado dividendos à matriz, em Roma, ou à acionistas. “É gravíssimo porque ela [a Enel] não cumpre o contrato, não faz investimentos, cobra a energia mais cara do Brasil e presta o pior serviço. Veio mesmo para arrancar o couro do povo goiano”, afirmou José Nelto.
O parlamentar é crítico do processo de privatização da produção e transmissão de energia desde antes da venda da Celg. Segundo ele, “não adianta sair de um cartel estatal para um cartel privado. Trabalhamos em brasília para que se possa comprar energia de forma pré-paga de outras empresas, abrindo para a concorrência”.
José Nelto explicou que, em um prazo de dois anos a partir do início das atividades da Enel, pode ocorrer a caducidade do contrato caso ele não seja cumprido. Ou seja, o estado pode comprar de volta a empresa – “e o contrato não vem sendo cumprido, é uma empresa que fez maracutaia até nos relógios medidores”.
Fonte: Jornal Opção
Confira a matéria sobre o ranking da Aneel que apontou a Enel a pior distribuidora do país:
APÓS PRIVATIZAÇÃO, ENEL DE GOIÁS É CONSIDERADA A PIOR DISTRIBUIDORA DE ENERGIA DO PAÍS
A Enel, antiga Celg D, foi considerada a pior distribuidora de energia do país pelo Ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A companhia ficou na 30ª posição por conta de seu desempenho em 2018. Ao todo, os “apagões” contabilizaram cerca de 26 horas no Estado. Mais que o dobro da segunda colocada. É a quinta vez consecutiva que a Enel é considerada a pior do Braisl.
Após a divulgação do resultado, com o intuito de acelerar as melhorias e qualidades no serviço, o governo de Goiás apresentou um plano alternativo emergencial para a Aneel que irá analisar. A agência se comprometeu a discutir com a distribuidora na próxima semana.
Em 2017, a Enel ficou na 33ª posição. Em 2016 na 32ª. O indicador é composto pelo tempo de interrupções no fornecimento de energia (DEC) e pela frequência das interrupções (FEC). O ranking considerou todas as concessionárias do País com mais de 400 mil unidades consumidoras.
No País, os consumidores ficaram, em média, 12,85 horas sem energia em 2018, o que representa uma redução de 10,45% em relação a 2017, quando o brasileiro ficou submetido, em média, a 14,35 horas sem o serviço. O resultado para o DEC no ano passado foi o menor valor histórico para esse indicador e quase atingiu o nível regulatório de 12,72.
Fonte: site Energia não é Mercadoria