Empresa não negocia

Há 21 dias que o Sindieletro entregou à Cemig a pauta de reivindicações dos eletricitários para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2013/2014) e nada de resposta da empresa. A categoria cobra a definição de uma agenda para o início das negociações, tanto para o ACT quanto para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas com o silêncio da Cemig o Sindicato só pode dizer que a enrolação e o desrespeito continuam firmes e fortes.

Depois, a direção da empresa vem dizer que o Sindicato radicaliza. Segundo o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, para uma boa relação com a representação dos trabalhadores, para uma negociação de fato, é preciso muito mais que discursos em boletins que a empresa espalha para os funcionários. “Será que os gestores da Cemig não sabem disso?”, questiona.

“Vamos aumentar a mobilização para que a Cemig comece as negociações. Nós, trabalhadores, estamos abertos para negociar, já! E o início tem que ser pelas nossas reivindicações”, destaca Jairo.

O que os eletricitários reivindicam

Garantia de emprego; seleção interna anual e mobilidade; concurso público para cinco mil trabalhadores, até 31 de dezembro de 2014; recomposição das perdas salariais pela inflação (INPC-IBGE); aumento real de 10%, a título de produtividade; piso salarial de R$ 2.685,47 (salário mínimo do Dieese); e vale-alimentação de R$ 1.000.

Também cobramos vale refeição/ Lanche, garantido ao trabalho em serviço para a empresa, de R$ 40 e R$ 10, respectivamente; reajuste de 5% para quem não foi contemplado com progressões no PCR nos últimos cinco anos; transferência de trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, com o cancelamento de todas as rescisões contratuais; Pacto pela Saúde e Segurança; e garantias nos compromissos Extra-Acordo e Acordos Coletivos Específicos, entre outras reivindicações.