Empregos



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A participação das mulheres no grupo de pessoas ocupadas nas 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no país registrou alta de 3,2% entre 2011 e 2012 – crescimento de 1,5 ponto percentual em relação ao aumento da participação dos homens no período (1,7%). Além disso, a participação feminina na variação de pessoal ocupado assalariado, de um ano para outro, foi pela primeira vez superior à presença masculina. Enquanto os homens somaram 41,5% (438,9 mil pessoas), as mulheres, 58,5% (619,8 mil pessoas).

Essa melhoria da participação das mulheres no mercado de trabalho também ocorreu em termos salariais. Embora em 2012 os homens tenham recebido, em média, R$ 2.126,67, e as mulheres, R$ 1.697,30, a pesquisa constatou, em relação a 2011, que em 2012 os salários das mulheres tiveram um aumento real superior ao dos homens: 2,4% contra 2%.

A informação consta da pesquisa Cadastro Central de Empresas (Cempre), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (28), com informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações formalmente constituída no país.

No setor público, as mulheres já vêm ocupando a maioria dos postos de trabalho, como explicou à Agência Brasil, o gerente da pesquisa, Bruno Erbisti Garcia. Segundo ele, "58,9% das pessoas ocupadas na administração pública são mulheres e 41,1% são homens”.

Os dados da pesquisa, ao analisar a escolaridade, indicam que apenas 17,7% haviam cursado nível superior. O pessoal assalariado com nível superior cresceu 6%, enquanto o pessoal assalariado sem nível superior cresceu apenas 1,6%. A média salarial de quem cursou faculdade chegou, em média, a R$ 4.405,55, enquanto o pessoal sem nível superior recebou R$ 1.398,74 – diferença de 215%.

A administração pública é o local onde há o maior predomínio de pessoal assalariado com nível superior: 35,8% em 2009 e 41,3% em 2012. “É possível observar, ao longo dos anos, aumento na participação dos assalariados com nível superior em todas as naturezas jurídicas. Nas entidades sem fins lucrativos, esse percentual subiu de 25,9%, em 2009, para 27,3% em 2012.”

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