Em Minas, quase duas mil famílias estão ameaçadas de despejo



Em Minas, quase duas mil famílias estão ameaçadas de despejo

O Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou para junho o prazo sobre a proibição de remoções forçadas visando o despejo de famíllias, no Brasil. A proibição foi decidida durante a pandemia, mas agora há pressão para o STF derrubar a decisão.

O primeiro despejo realizado durante a pandemia aconteceu em Minas Gerais, em agosto de 2020, no Quilombo Campo Grande, assentamento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). À época, houve grande mobilização nas redes sociais e resistência no local, mas depois de dois dias intensos, seis famílias foram despejadas e a escola foi destruída pela Polícia Militar.

Segundo dados da Campanha Despejo Zero, 132 mil famílias estão ameaçadas de remoção forçada no Brasil atualmente. Em Minas, são 1.856 famílias ameaçadas, sendo que, mesmo durante a pandemia, mais de mil famílias mineiras foram retiradas de suas casas. O estudo levantou dados de março de 2020 a fevereiro de 2022.

Realidade

As famílias da Aldeia Kamakã Mongoió, que realizam uma retomada de terra em Brumadinho (MG), estão entre essas famílias. Os indígenas possuem uma ordem de despejo ativa e estão se baseando na decisão do STF para se manterem no território.

“Nossa palavra para eles sempre vai ser resistência”, garante o cacique Merong Kamakã. A aldeia luta contra uma ordem de despejo a pedido da Vale, que reivindica o território como sua propriedade.

Fonte: Brasil de Fato (MG), com edição

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