A gestão Zema na Cemig não respeita as regras. Cabe a nós mesmos exigir que cumpram os compromissos firmados pela Cemig com a categoria eletricitária! A investida da gestão Zema na Cemig para destruir a Cemig Saúde e deixar milhares de idosos sem plano parece não ter fim.
Nos últimos meses, temos enfrentado inúmeros atentados dessa famigerada gestão contra os direitos consolidados dos beneficiários da Cemig Saúde. Os movimentos da gestão Zema têm o intuito de precarizar o plano por meio da retirada de direitos e da coparticipação das patrocinadoras, o que além de aumentar excessivamente as mensalidades, tornará o acesso inalcançável para a maioria dos atuais beneficiários, inviabilizando a continuidade da Cemig Saúde.
Os ataques foram muitos, mas os representantes dos beneficiários se negaram a fazer parte dessa construção maléfica, que apenas foca em canalizar mais recursos financeiros para os bolsos dos acionistas da Cemig e em preparar a estatal para a privatização. Uma gestão investigada numa CPI na ALMG ignora as trágicas consequências a serem impostas à grande parte dos construtores do império Cemig – os trabalhadores e trabalhadoras, ativos e aposentados, que deram a vida e a saúde pela construção dessa empresa. Com extrema indignação, os beneficiários testemunham o descumprimento de acordos firmados e o calote dado por essa gestão entreguista colocada por Zema na Cemig, a estatal que é uma exímia joia da expressão do desenvolvimento no estado.
A última atitude dos algozes da Cemig Saúde ultrapassou todos os limites da boa governança e do respeito aos regramentos estatutários e legais que dão sustentação à existência da entidade de autogestão Cemig Saúde. No dia 11 de fevereiro de 2022, em total desconformidade ao estatuto da Cemig Saúde, a gestão da Cemig se reuniu com as demais patrocinadoras do plano de saúde. Em atitude nunca antes praticada na casa, levou à pauta assuntos que haviam sido deliberados e reprovados no Conselho Deliberativo da Cemig Saúde; a despeito disso, aprovaram tais matérias, indo contra o próprio regramento do Estatuto, que não autoriza essa manobra.
Dentre os malefícios aprovados, está o voto de qualidade (voto de minerva). É uma aberração autoritária que a gestão da Cemig tentou implementar anteriormente, mas foi derrotada no Conselho por se tratar de um instituto que inviabilizaria a representação dos beneficiários. Acreditamos que o voto de minerva liberaria a gestão Zema para que implementasse, como já tenta fazer, ações destrutivas que poderiam excluir beneficiários do plano.
Por que uma gestão investigada por uma CPI na Assembleia Legislativa, atrelada a diversas irregularidades e com tantos componentes indiciados, continua fazendo tanto estrago na vida dos ativos e aposentados da Cemig?
A resposta para tais indagações virá pela mobilização desta categoria de luta para cobrar que as instituições responsáveis realizem ações contundentes para investigar, responsabilizar e punir os desvios desses destruidores do estado.
A Gestão Zema na Cemig tem pressa para destruir a Cemig Saúde. Por isso, precisamos agir imediatamente para barrar o avanço perverso desses duvidosos gestores sobre a saúde de muitos mineiros, já adoecidos pela iminente possibilidade de prejuízos a um direito tão valoroso como o acesso aos cuidados à saúde.
O Sindieletro tomará todas as providências possíveis e necessárias para evitar mais essa vergonhosa e covarde ação da gestão Zema na Cemig sobre os direitos da categoria eletricitária. Contudo, é indispensável a compreensão de que a luta para impedir o avanço dessa gestão deverá ir para além da relação institucional. É fundamental construirmos, conjuntamente, ações de mobilização e resistência por meio da participação ativa de toda a categoria, em defesa dos nossos direitos historicamente conquistados com muita luta.
Cemig: esse “trem” é nosso!