A situação das empresas públicas brasileiras e porque elas são importantes para o desenvolvimento social e econômico do Brasil foram os temas de audiência pública na noite de quinta-feira (8), na Câmara Municipal de Ipatinga, no Vale do Aço. O debate foi muito proveitoso, especialmente para a esclarecer a uma parte da sociedade que não entende a grave ameaça que paira sobre o patrimônio do povo brasileiro.
Participaram do debate o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Jairo Nogueira Filho; Emerson Andrada Leite, coordenador da Regional Vale do Aço – Sindieletro-MG; Robson Gomes Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG); Clotário Cardoso, diretor de Administração e Finanças da Federação Nacional das Associações da Caixa Econômica Federal (Fenae); e Wagner de Sousa Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A participação do Sindieletro na audiência pública foi marcada por denúncias de que a Cemig estão sendo desmontada e atacada para que o governador Romeu Zema a privatize e pela defesa intransigente da estatal. O Sindicato também mostrou que a empresa é fundamental para o desenvolvimento de Minas.
A audiência pública foi realizada pela vereadora Lene Teixeira (PT), em parceria com o com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Ipatinga e região (SEEB). Lene Teixeira explicou que, na audiência pública, ampliou-se a discussão sobre a importância do patrimônio dos brasileiros, o evento mostrou à população a importância social das empresas públicas e debateu ações para impedir sua desvalorização ou mesmo privatização.
Para ela, o momento é de preocupação com o futuro do Brasil, de suas riquezas e soberania. “Sob o pretexto da transparência na condução das estatais, existem, hoje, vários projetos que representam grave ameaça aos nossos patrimônios como a Caixa Econômica, os Correios, o BNDES, a Petrobrás, empresas do setor elétrico, entre outras, além de segmentos básicos como a Saúde, Educação, Habitação, as terras indígenas, a Amazônia”, listou.
A parlamentar foi autora de uma Moção de Apoio pela manutenção dos Correios como empresa pública brasileira. O documento foi aprovado pela Câmara no último dia 22 de julho e será enviado ao Congresso Nacional, à sede da Presidência da República e ainda aos Ministérios diretamente ligados à questão.
Fonte: CUT e Sindieletro