O Sindicato dos Trabalhadoras nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua/MG), juntamente com outros sindicatos e movimentos sociais e populares, reafirma a luta contra o desmonte do Estado e das empresas públicas mineiras de serviços essenciais, como a Copasa e a Cemig, executado pelo governo Zema, com uma série de atividades que terá como ponto alto a paralisação geral programada para o dia 8 de maio, unindo diversas categorias de trabalhadores.
O calendário de ações foi construído pelas entidades no seminário realizado pela Frente Mineira em Defesa do Serviço Público, no dia 6 de abril, com o objetivo de unir forças para enfrentar os ataques do governo estadual aos servidores públicos e outras categorias, como é o caso dos trabalhadores do saneamento, que vem enfrentando demissões em massa na Copasa.
A jornada inclui manifestação que foi realizada no dia 21 de abril, domingo, em Ouro Preto, em contraponto à entrega da Medalha da Inconfidência pelo governador Romeu Zema. A Frente realizou um dia de lutas na cidade histórica, às 10 horas, na Praça da Rodoviária, para denunciar o governo de Minas e homenagear “lideranças e entidades que realmente defendem os serviços e servidores públicos de Minas Gerais”. O Sindágua/MG, na pessoa de seu presidente, Eduardo Pereira, é um dos homenageados.
No 21 de abril foi momento também de relembrar que, no ano passado, Zema acusou Tiradentes e os inconfidentes de criminosos e golpistas. A deplorável e vergonhosa publicação de seu governo nas redes sociais, alusiva ao Dia de Tiradentes, afirmava que, “temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que se tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792.”
A mobilização da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público contará com diversas outras ações, como manifestação em defesa do Ipsemg e do Hospital Fhemig, no dia 23 de abril (próxima terça-feira); participação em audiência pública em Araxá, contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a privatização da Codemig, no dia 25 (quinta-feira); e ato no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador.
Todas essas atividades fazem parte dos preparativos para a greve geral de 8 de maio. E o Sindágua/MG, reafirmando seu firme posicionamento em defesa da água como bem público e contra a privatização do saneamento e o desmonte da Copasa, mobiliza a categoria para também reforçar a paralisação, em resposta às demissões em massa e para denunciar os escândalos, desmandos e irregularidades cometidos pela gestão zemista na empresa.
Fonte: Sindágua