"Covardia com trabalhadores!” As palavras do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua/MG), Eduardo Pereira de Oliveira, sintetizam a rejeição total e o espírito de centenas de trabalhadoras e trabalhadores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) vindos de várias localidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte para repudiar a proposta apresentada pela diretoria da empresa para solucionar três anos sem acordos coletivos com não reposição de perdas, tentativa de mudar a data-base da categoria para novembro, reajustes salariais e de benefícios aquém de uma inflação acumulada em 40 meses e afiando o facão para demitir em massa ao não querer assegurar a garantia de emprego.
A assembleia na portaria da empresa, na tarde da terça-feira, 7 de dezembro, confirmou a rejeição plena desta proposta, que vem acontecendo em todo o Estado, além de denunciar irregularidades na gestão da Copasa que deverão ser investigadas em CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que apura inclusive remuneração escandalosa de R$ 490 mil recebido pelo presidente da empresa e contratação de um primo seu para cargo na empresa.
A categoria continua a luta pelos acordos coletivos de trabalho, represados desde 2019 e denuncia a gestão colocada por Romeu Zema na Copasa, que destrói sua estrutura funcional, sucateia as condições de trabalho, perde concessões, tudo em favor do entreguismo para privatizar a empresa.
Trabalhadoras e trabalhadores seguem unidos com o Sindicato, em defesa dos direitos e da empresa como instrumento público de serviço essencial para a população e de responsabilidade do Estado.
Na atividade, que aconteceu debaixo de forte chuva, categoria e Sindágua contaram com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), representada pelo seu presidente Jairo Nogueira Filho; do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect/MG); do Sindicato Único dos Trabalhadoras da Saúde (Sind-Saúde/MG); e do mandato da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).
Fonte: CUT Minas