Foram dois dias de exaustivas reuniões entre o CNE (representa os sindicatos dos eletricitários do Grupo Eletrobras) e a direção da Eletrobras. Porém, a direção da Holding, mesmo diante dos argumentos do coletivo nacional dos eletricitários, preferiu continuar a sustentar uma proposta ainda aquém do que foi paga no ano de 2014. Portanto, diante deste cenário, está mantida a paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 1º de junho.
O CNE considera lamentável essa posição da Holding de não avançar mais na proposta de PLR, já que toda negociação parte da premissa de que sempre é possível conquistar algo a mais. A choradeira de que as condições econômicas e financeiras são ruins não comove a categoria. Pois, se existe uma situação adversa para holding à culpa não é dos trabalhadores, ela foi gerada pela ação equivocada do governo. Os números apontam para os excelentes resultados operacionais, prova que os empregados fizeram a sua parte para o fortalecimento da Holding e agora querem receber aquilo que lhe é de direito.
O Sistema elétrico estatal a despeito da crise hídrica, com as ameaças de apagão propagadas pela mídia golpista, tem se mostrando robusto. Garantindo energia para todos. É preciso neste momento reconhecer o esforço de cada trabalhador que está no dia a dia, se dedicando com afinco para superar essas adversidades.
O CNE é bem objetivo. A orientação é pela rejeição da contraproposta apresentada pela Holding, até que haja uma melhora da mesma. O coletivo continuará aberto ao diálogo, como sempre fez, por isso estará presente, através de uma comissão, formada por representantes das intersindicais, na terça-feira, em Brasília, dia 02, às 14 horas, para reunião com a direção da Eletrobras para uma nova rodada de negociação.
Houve o compromisso do diretor de administra- ção de se buscar uma saída para o impasse. Uma atitude louvável, pois o CNE tem a certeza que somente através do debate é possível se chegar a um consenso. Evitando dessa forma, o processo de Judicialização da PLR. O Coletivo acredita que as partes não precisam de um árbitro para finalizar essa partida.
O CNE reconhece que houve uma melhora na proposta em relação às outras reuniões, até porque aconteceu uma negociação de fato, mas é preciso avançar mais. O coletivo considera também fundamental nesse momento que o Governo se envolva nesta negociação, através do Ministério de Minas e Energia, Ministério do Planejamento, Secretaria Geral da Presidência e Ministério da Fazenda, e que tenham principalmente a sensibilidade de compreender que o setor elétrico estatal é vital para o país, e que precisa valorizar o seu maior ativo, que são os seus trabalhadores.
O processo democrático é uma prática insubstituível e intransferível, portanto, é fundamental que cada trabalhador participe das assembleias dos seus sindicatos, para discutir a proposta da Eletrobras e preparar a grande jornada de lutas que se inicia no dia 1º de junho.
A greve é o maior instrumento de luta e pressão dos trabalhadores. Portanto, se mantenham mobilizados nas portas das empresas a partir do dia 01 de junho. Lembre-se: Ao trabalhador nada é dado, tudo é conquistado! Todos à luta!
Fonte: FNU/CUT